São Paulo, 10 de novembro de 2016 – O dólar tem alta firme ante o real,
em linha com a valorização da moeda norte-americana em relação aos pares
emergentes no exterior. Os ativos de países em desenvolvimento passam por um
intenso ajuste, em meio às preocupações com a política econômica do
presidente eleito nos Estados Unidos Donald Trump. Fatores locais também
contribuem para a alta do dólar.
Às 13h05, o dólar comercial subia 4,7%, cotado a R$ 3,363, não muito
distante da cotação máxima do dia, a R$ 3,3910 (+5,61%), enquanto o dólar
futuro para dezembro avançava 4,94%, a R$ 3,3935. No exterior, o Dollar Index
tinha alta de 0,25%, com a moeda norte-americana medindo forças ante as divisas
de países industrializados, mas ganhando terreno frente às moedas emergentes.
O operador da corretora Advanced, Alessandro Faganello, afirma que os
mercados ainda estão estressados com a inesperada eleição de Trump. Ele
explica que as declarações do presidente eleito nos EUA contrárias às
relações comerciais com países emergentes provoca uma aversão ao risco por
esses ativos e um reposicionamento dos investidores.
Internamente, o mercado doméstico também absorve a decisão do Banco
Central de fazer uma pausa temporária nos leilões diários de swap cambial
reverso, observa o gestor da Absolute Investimentos, Roberto Campos, uma vez que
a autoridade monetária deixa de oferecer a “saída” (contraparte) nas
operações de câmbio.
Além disso, um operador de uma corretora paulista destaca que os
investidores também estão atentos ao noticiário sobre uma possível
cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a
defesa da ex-presidente, o então vice-presidente Michel Temer recebeu doação
direta de R$ 1 milhão da Andrade Gutierrez.
Segundo o operador de derivativos da Renascença Corretora, Luís Felipe
Laudísio, o movimento no dólar reflete uma “saída grande de gringos em
títulos públicos e no dólar”. Ele explica que a aceleração da alta do
dólar para além de 5% em relação ao real foi impulsionada pelo acionamento
de ordens de stopp loss (perda máxima aceitável), intensificando a fuga de
recursos.
As informações são da agência CMA.
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 16/05/2025
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R$ 1.835,00Casquinha de soja à vista tonelada
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R$ 71,00Preço base - Integração
Atualizado em: 15/05/2025 09:30