São Paulo, 13 de setembro de 2022 – O dólar segue em alta. A inflação de agosto, nos Estados
Unidos, que subiu 0,1% ante expectativas de -0,1% aumenta as expectativas do mercado para as
próximas reuniões do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e um possível
endurecimento da política monetária no país.
O economista da Guide Investimentos, Rafael Pacheco, observa que o núcleo da inflação – que
exclui alimentos e energia – “foi bem ruim”, sendo o dobro do resultado esperado (0,6% ante 0,3%), o
que mostra uma inflação bem disseminada: “Naturalmente teremos um Fed mais duro”, opina Pacheco.
De acordo com o economista-chefe do Banco Alfa, Luis Otavio Leal, “o mercado está caindo na
real, e o CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês) surpreendeu para cima. Não
fazia o mínimo sentido achar que o Fed podia cortar os juros já no primeiro semestre de 2022. Foi
um choque de realidade tanto lá fora quanto lá dentro”.
Leal acredita que até a próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla
em inglês) e Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorrem na próxima quarta, o câmbio e o
mercado devem apresentar volatilidade, e aproveitar para corrigir alguns exageros dos últimos dias.
Para a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “no raio-x da inflação,
a gasolina teve queda de 10,60%, no comparativo entre agosto e julho, mas não foi suficiente para
causar deflação. Alimentação no domicílio, conta de gás e energia elétrica e, principalmente,
serviços continuam altos”.
Abdelmalack explica que o resultado não foi um banho de água fria, mas desanimador, e que um
aumento de 0,75 ponto percentual (pp) na reunião do Fomc já é consensual: “A leitura da
inflação de serviços, que teve alta de 6,1% no acumulado de 12 meses, mostra que o cenário será
desafiador para o Fed”, analisa.
Por volta das 15h31 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 1,72%, cotado a R$ 5,1850
para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em outubro de 2022
avançava 1,78%, cotado a R$ 5.209,50.
As informações são da agência CMA.
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45