CÂMBIO: Dólar tem leve queda à espera de dados de emprego nos EUA

Porto Alegre, 6 de dezembro de 2019 – O dólar comercial opera com leve
queda frente ao real, após oscilar sem direção única na abertura dos
negócios, à espera do principal indicador do dia, o relatório de empregos dos
Estados Unidos, payroll. Investidores aguardam os números para avaliar o
cenário da economia norte-americana, enquanto por outro lado, aguardam avanços
nas tratativas comerciais entre Estados Unidos e China.

Às 9h58 (de Brasília), a moeda norte-americana operava com leve queda de
0,09% no mercado à vista, cotada a R$ 4,1850 para venda, enquanto o contrato
para janeiro tinha ligeira queda de 0,04%, a R$ 4,1880. Lá fora, o Dollar Index
operava praticamente estável (+0,02%), aos 97,434 pontos.

No exterior, o viés é de “um certo otimismo”, diz o economista-chefe da
SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, enquanto investidores aguardam os dados
do mercado de trabalho norte-americano em novembro. A projeção é que sejam
criadas 183,5 mil vagas, enquanto a taxa de desemprego é de 3,6%.

Segundo Rosa, o otimismo pode ser creditado às expectativas animadoras que
cercam as negociações comerciais entre Estados Unidos e China após o
presidente norte-americano, Donald Trump, afirmar que algo poderá ser feito em
relação às tarifas sobre produtos importados do país asiático programadas
para o dia 15. “Ponderou, contudo, que isso ainda não está em discussão”,
explica o economista.

O economista da Guide Investimentos, Victor Beyruti, pondera que o
resultado do payroll será analisado de perto pelos investidores, que buscam
novos sinais sobre o atual cenário da economia norte-americana em uma semana em
que indicadores de atividade “decepcionaram” expectativas.

“Caso os números confirmem ou superem as projeções, as expectativas em
torno da conduta do Fed [Federal Reserve, o banco central norte-americano] na
política monetária não sofrerão mudanças relevantes. Mas um resultado
abaixo do esperado pode acabar pesando sobre os mercados ao reforçar a
preocupação em torno da desaceleração da economia de lá”, diz. Com
informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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