Porto Alegre, 17 de junho de 2019 – O dólar opera com variações modestas
refletindo certa cautela dos investidores no início da semana, que deve trazer
reuniões do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do
Comitê de Política Monetária (Copom) e que já começou com novos ruídos na
cena política doméstica, depois que o presidente do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, se demitiu.
Às 10h07 (horário de Brasília), o dólar comercial caía 0,07%, a R$
3,8960, enquanto o dólar futuro, com vencimento em julho, recuava 0,08%, aos R$
3,8950.
O mercado deve ficar atento a repercussões de mais uma baixa do governo de
Jair Bolsonaro, já que Levy pediu demissão após duras críticas públicas do
presidente. Já se especula quem pode assumir a vaga e entre os nomes
veiculados na imprensa, estão o do ex-presidente do Banco Central (BC), Gustavo
Franco e do atual secretário de Desestatização, Salim Mattar.
Os analistas da SulAmérica Investimentos, não descartam que o dólar
possa subir depois que o “noticiário político brasileiro voltou a ficar mais
turbulento com a demissão”. Em relatório, ainda lembram que o ministro da
Justiça, Sérgio Moro, irá ao Congresso na quarta-feira, para responder
perguntas sobre conversas publicadas no site “The Intercept”.
Apesar da instabilidade e diversas mudanças nos cargos do governo, o
mercado segue confiante na aprovação da reforma da Previdência,
principalmente depois que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), afirmou na última sexta-feira que a Casa irá blindar a reforma das
“crises” criadas pelo Planalto. As declarações vieram após críticas do
Ministro da Economia, Paulo Guedes, ao parecer da reforma na comissão especial.
No exterior, o dólar também tem leves quedas frente a maioria das moedas
de países emergentes, mas com as variações modestas mostrando menor apetite
ao risco em função da guerra comercial e da reunião do Fed.
“Os investidores querem saber é quando vai começar a queda de juros, se
na próxima reunião ou mais para o final do ano. As opiniões estão divididas
entre um corte ou até três cortes ainda neste ano. Sobre as negociações
entre Estados Unidos e China nada novo surgiu no radar e as expectativas são de
que os dois governos se entendam até o encontro do G-20 no final deste mês”,
destacou o analista da Mirae Asset Corretora, Pedro Galdi, em relatório. Com
informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45