CÂMBIO: Economia aquecida dos EUA indica Fed mais duro e fortalece dólar

Porto Alegre, 29 de setembro de 2022 – O dólar opera em alta. O driver do dia é a divulgação
do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, assim como os dados do seguro-desemprego naquele
país. Ambos demonstram uma resiliência da economia e aumentam as dificuldades e desafios do
Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para o controle inflacionário.

Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, “o PIB veio em linha, mas
a mensagem que fica é de um cenário de estagflação, porém o consumo das famílias ainda é
alto. Enquanto isso não desaquecer, fica muito difícil o Fed não ser duro”. O economista prevê
um aumento de 0,75 ponto percentual (pp) e outro de 0,5 pp nas duas reuniões que ocorrem ainda em
2022.

Borsoi entende que os números dos pedidos de seguro-desemprego também são preocupantes:
“Abaixo de 200 mil é um nível de pleno emprego, o que mostra um cenário de economia muito
aquecida, com a inflação resiliente”, avalia Borsoi.

O PIB dos Estados Unidos caiu 0,6% no segundo trimestre, em linha com as projeções do mercado.
Já os pedidos de seguro-desemprego ficaram em 193 mil, na semana encerrada no dia 24 de setembro,
abaixo da previsão do mercado (215 mil).

Por volta das 10h (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,87%, cotado a R$ 5,3970
para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em outubro de 2022
avançava 0,44%, cotado a R$ 5.397,00. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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