CÂMBIO: Em dia volátil, dólar fecha em queda com atuações do Banco Central

Porto Alegre, 21 de junho de 2018 – O dia foi de instabilidade no dólar,
mas a moeda fechou em queda de 0,44%, cotada a R$ 3,7620 para venda, depois de
romper o nível de R$ 3,80 por duas vezes ao longo da sessão. Diante a pressão
altista da divisa estrangeira, o Banco Central (BC) atuou duas vezes com
operações de contrato de swap cambial, colocando no mercado US$ 2 bilhões.

“Não fosse as intervenções do Banco Central, a moeda teria fechado até
acima dos R$ 3,80. As operações ajudaram o câmbio a se acomodar no fim do
dia”, comenta o operador de câmbio da Advanced Corretora, Alessandro
Faganello.

O mercado aguarda qual será a conduta do Banco Central, já que havia
prometido para esta semana a injeção de US$ 10 bilhões com operações de
swap, sendo para mais ou para menos. Até então, foram colocados no mercado US$
4 bilhões deste montante.

No cenário externo, segue a cautela dos investidores com o acirramento da
guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. “Por enquanto, as nações
estão nos discursos. E os chineses parecem estar esperando até onde os
discursos de Trump [Donald, presidente norte-americano] serão colocados em
prática”, diz Faganello.

Já o economista da Guide, Rafael Passos, reforça que esse risco de guerra
entre as duas maiores potências econômicas pressionou os ativos de risco no
pregão de hoje, principalmente frente às moedas de países emergentes. Moedas
essas que tiveram alívio no fim da tarde, contaminando também o real, com o
anúncio do Banco Central do México de elevação da taxa de básica de juros
indo a 7,75% ao ano (aa).

Expectativa

Para amanhã, é esperado um volume baixo de negociação nas primeiras
horas da manhã em decorrência do jogo do Brasil pela Copa do Mundo de Futebol,
às 9 horas (horário de Brasília), diz o operador da Advanced. “Será um
pregão esvaziado pela manhã. Mas tem PMI [Indice dos Gerentes de Compras] dos
Estados Unidos e o dólar pode subir no exterior e respingar aqui dependendo dos
dados. A aposta é de, na abertura, um cenário parecido com o fechamento de
hoje”, pondera Faganello.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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