Porto Alegre, 28 de abril de 2022 – O dólar opera em leve queda,
oscilante. As incertezas geradas pela continuidade do conflito na Ucrânia, o
fraco desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano no 1 semestre de
2022 (-1,4% ante o 4 trimestre de 2021) e a expectativa por um Comitê Federal
de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) mais agressivo contribuem para que
o real não ganhe terreno.
Segundo o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, “as
preocupações com a guerra na Ucrânia, com a Rússia ameaçando os países
ocidentais que estão gerando armamento geram aversão ao risco”.
Rostagno entende que os dados decepcionantes da economia dos Estados Unidos
podem fazer com que o Fed acelere o aumento nas taxas de juros, e que os
resultados de algumas empresas divulgados hoje fizeram com que o dólar ficasse
de lado, mas alerta: “A tendência é de cautela com a divulgação de novos
dados da economia americana”, frisa.
De acordo com o sócio e fundador da Pronto! Invest, Vanei Nagem, “os
resultados americanos foram piores do que o esperado, e eles vão ter de
aumentar os juros. Os Estados Unidos já estão em recessão com alguns
segmentos que já demonstram desabastecimento. Isso é preocupante já que eles
são um dos nossos principais parceiros, e afeta diretamente o câmbio”.
Nagem também observa os temores quanto à desaceleração chinesa, dizendo
que um lockdown mais severo derrubaria os preços das commodities, prejudicando
as moedas emergentes.
Para a economista e estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, Cristiane
Quartaroli, “a queda no câmbio, ontem, pode ter sido pontual. A expectativa de
que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) aumentará os
juros na próxima semana e os ruídos políticos internos devem continuar
pressionando nossa taxa de câmbio”.
Quartaroli ressalta que mesmo com o Indice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo – 15 (IPCA-15) vindo abaixo do esperado (1,73%), a inflação segue
persistente e que o Banco Central (BC) dificilmente irá fazer um ajuste menos
do que o previsto para maio, o que deve imprimir um caráter volátil no
câmbio.
Há pouco, o dólar comercial caía 0,06%, cotado a R$ 4,9640 para venda. No
mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em maio de
2022 recuava 0,03%, cotado a R$ 4.967,00.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
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R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45