Porto Alegre, 14 de junho de 2022 – O dólar fechou em alta de 0,43%,
cotado a R$ 5,1350. A sessão foi dominada pela expectativa com a reunião do
Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que ocorre
amanhã, e anunciar o aumento mais agressivo dos juros.
De acordo com o estrategista chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, “o
mercado rapidamente migrou de um aumento de 0,5% para 0,75%. A possibilidade um
aumento da mesma magnitude na reunião de julho também está precificada. O
Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deve adotar um tom mais
duro no discurso”.
Rostagno, contudo, acredita que a moeda brasileira deve ter alguma
estabilidade: “O espaço para novas desvalorizações do real nos próximos
dias é bem limitado. RS 5,20 deve representar o novo nível de resistência”,
projeta.
Segundo o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio
Serrano, “houve uma precificação para que o Fomc promova duas altas de
0,75%. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) pode ter
sido o divisor de águas”. O CPI teve alta de 1,0% em maio ante abril e
acumulou 8,6% em 12 meses, pior resultado desde dezembro de 1981.
Serrano entende que o movimento de hoje não chega a ser uma correção ante
ontem, mas um “rebote”, e ainda vê o dólar ainda flutuando entre R$ 4,80 e
R$ 5,00, já que a Selic (taxa básica de juros) e as commodities ainda são
favoráveis à moeda brasileira, mas que a depender dos próximos passos do
Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) esta situação pode
mudar.
Para a economista e estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, Cristiane
Quartaroli, “o cenário continua bastante incerto. A preocupação com um
possível quadro de recessão nos Estados Unidos por conta do aumento dos juros,
somada à inflação em vários países e incertezas sobre a recuperação da
China são os principais responsáveis pelo aumento de aversão ao risco nos
mercados”.
Quartaroli também entende que novos reajustes da Petrobras podem anular as
medidas pretendidas pelo governo para conter o preço dos combustíveis,
contribuindo para a piora do cenário doméstico.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2022 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45