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CÂMBIO: Indefinições fiscais prejudicam real, e dólar sobe

7 de novembro de 2022
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Porto Alegre, 7 de novembro de 2022 – O dólar segue em sólida alta, com direção definida. As
indefinições sobre a equipe econômica, somada à negativa do ex-presidente do Banco Central (BC),
Henrique Meirelles, em assumir o ministério da Economia, geram rumores que fortalecem a moeda
estadunidense.

“O mercado estava dando um voto de confiança, mesmo com a alteração nas contas públicas,
caso o Meirelles fosse o ministro”, opina o head de análise macroeconômica da GreenBay
Investimentos, Flávio Serrano.

Serrano acredita que o próximo será desafiador: “Naturalmente o orçamento de 2023 já
implicaria uma série de correções. E isso geralmente acaba afetando o crescimento econômico. O
ambiente fiscal será o nosso maior desafio, e uma postura mais conservadora seria muito bem vista.
Mas parece que as coisas estão caminhando para um lado diferente”, analisa.

Segundo o analista da Ouro Preto Investimentos Bruno Komura, a negativa de Meirelles em assumir
o ministério da Economia tem impacto direto no fortalecimento do dólar. Em entrevista à rádio
Jovem Pan, nesta manhã, Meirelles foi enfático em dizer que não é postulante ao cargo. Os boatos
de que o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, poderia assumir o ministério também
impactaram negativamente o mercado.

Para o head de renda variável da Veedha Investimentos, Rodrigo Moliterno, “o fluxo ainda é
positivo por conta do mercado dar um momento para o próximo governo. A curto prazo, a tendência
ainda é de queda”.

Moliterno entende que o mercado está em “lua de mel” com a próxima gestão, e que vê muitas
oportunidades para o Brasil nos próximos meses, especialmente com a as commodities.

“A China é uma incerteza. Não dá para prever nada, é uma caixinha de surpresa. Mas o fato é
que a China precisa se manter aquecida para ser competitiva. Acredito que em algum momento eles vão
ter que começar a flexibilizar política de combate à Covid”, explica Moliterno.

De acordo com o boletim da Ajax Asset, localmente “investidores acompanham as negociações em
torno do ajuste do orçamento 2023. Incerteza fiscal segue elevada, com as notícias de forte alta
dos gastos públicos” no próximo ano.

A Ajax ainda observa que “ontem, as autoridades de saúde negaram eventual flexibilidade nas
medidas da política ‘Covid Zero’, reduzindo os rumores da última semana sobre um alívio das
restrições. Segundo a Bloomberg, o Governo deve manter o rigor com essa política até que os
preparativos estejam de prontidão para uma reabertura gradual. Espera-se que esse movimento só
acontecerá no segundo trimestre de 2023”.

Por volta das 15h27 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 1,42%, cotado a R$ 5,1230
para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em dezembro de
2022 avançava 1,22%, cotado a R$ 5.146,00.

As informações partem da Agência CMA.

Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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