CÂMBIO: Leilão de swap reverso do BC sustenta dólar, que sobe ante o real

Porto Alegre, 21 de março de 2016 – O leilão de swap cambial reverso,
programado para esta tarde, sustenta a cotação do dólar ante o real. A
operação, a ser realizada pelo Banco Central pela primeira vez em três anos,
é equivalente à compra de dólar no mercado futuro, onde há maior
volatilidade hoje. No mercado à vista, o dólar comercial sobe cerca de 1%.

Às 9h30, o dólar subia 1,25%, cotado a R$ 3,6280, enquanto o contrato
para abril valia R$ 3,6350, estável, de R$ 3,6440 (+1,70%), na máxima. Para a
Correparti Corretora, a sessão deve ser volátil, diante da decisão do BC de
ofertar até US$ 1 bilhão em swap reverso, o que “tem o potencial de sustentar
o dólar”. Com a operação, a autoridade monetária pretende acelerar a
desmontagem da exposição cambial.

Segundo um operador de derivativos, o BC decidiu reverter a estratégia e
reduzir as posições em swaps cambiais, em meio à menor demanda por proteção
(hedge), diante da ideia de que a queda do governo Dilma está cada vez mais
próxima. Na mesma linha, a Correparti lembra que a saída da presidente Dilma
Rousseff “é tudo o que o mercado quer”.

Para o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, essa aposta no
front político alimenta a intensa presença especulativa dos investidores
estrangeiros nos ativos brasileiros. “A intensidade foi tão grande a ponto de
o BC reverter os swaps para evitar uma supervalorização do real”, avalia. As
informações partem da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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