CÂMBIO: Medida fiscal pesa, mas balanço da Petrobras pode fazer dólar cair

Porto Alegre, 18 de maio de 2015 – O dólar comercial iniciou as
negociações de hoje em alta ante o real, com investidores mais apreensivos com
relação ao futuro do pacote de ajuste fiscal, após o governo ter sido
derrotado na flexibilização do fator previdenciário. No sentido oposto, a
melhora no balanço da Petrobras pode atrair investimento estrangeiro e
pressionar a cotação da moeda.

“A derrota do governo na flexibilização do fator previdenciário
relembrou os agentes dos riscos em torno do ajuste fiscal. Nesse sentido, o foco
estará no anuncio do contingenciamento do orçamento público a ser efetuado
nesta semana”, afirma Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica
Investimentos.

Segundo matéria publicada hoje no jornal “O Estado de S. Paulo”, para
reforçar o ajuste fiscal e mitigar o risco de rebaixamento da nota de crédito
do Brasil, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, propôs a presidente Dilma
Rousseff um corte de R$ 78 bilhões no Orçamento Geral da União deste ano.
Levy considera ainda uma nova rodada de aumento de impostos para cumprir o
superávit de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), diz matéria do jornal

Para Ricardo Gomes da Silva Filho, operador da Correparti Corretora, no
mercado internacional, investidores ficarão atentos à ata do Federal Reserve
(Fed, o banco central norte-americano), que será divulgada na quarta-feira. Por
volta das 9h55 (de Brasília), o dólar comercial subia 0,10%, cotado a R$
3,0010 na venda. E o contrato com vencimento em junho tinha leve retração de
0,01%, a R$ 3.014,500. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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