CÂMBIO: Mercado reage a payroll e dólar acelera viés de queda

Porto Alegre, 3 de dezembro de 2021 – Após a divulgação do payroll
(folha de pagamento) de novembro, nos Estados Unidos, o dólar acentuou o
movimento de queda. Foram criadas 210 mil vagas (expectativa de 538 mil vagas),
a taxa de desemprego caiu para 4,2% (expectativa de 4,5%) e a média do
salário/hora subiu 0,3%, indo para US$ 31,03.

Por volta das 11h36 (horário de Brasília), o dólar comercial caía
0,56%, cotado a R$ 5,6270 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda
norte-americana com vencimento em janeiro de 2022 recuava 0,34%, cotado a R$
5.659,50.

Para o economista-chefe do Banco Alfa, Luis Otavio Leal, “do conjunto de
dados, o mais relevante foi o de salários, que com alta da inflação nos
Estados Unidos diminui o poder de compra”.

Leal acredita que mesmo com o número de postos criados ter sido abaixo das
expectativas, existe um ponto a ser observado: “A taxa de desemprego, antes da
pandemia, estava em 3,5%, e os resultados de hoje apontam que os Estados Unidos
estão muitos próximos a isso, ao pleno emprego”, analisa.

Quanto à reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em
inglês), que ocorre no próximo dia 15, Leal não acredita que os resultados de
hoje serão significativos: “Não serão os dados do payroll que farão o
Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mudar sua política”,
destaca.

De acordo com boletim da Ajax Capital, “as atenções se voltam aos dados
de payroll. Por aqui, incertezas com relação a proposta de fatiamento de
Arthur Lira (DEM-MG), pode pressionar ativos de risco, após pregão de forte
alta na última sessão”.

“Existe expectativa de continuidade da recuperação do mercado de
trabalho, com maior volume de contratações, menor da taxa de desemprego e
crescimento dos salários por hora trabalhada”, analisa a Ajax. Com
informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2021 – Grupo CMA