CÂMBIO: Reabertura chinesa fortalece real, mas fiscal segue no radar

Porto Alegre, 7 de dezembro de 2022 – O dólar cai e ensaia firmar direção. A votação da
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição no plenário do Senado preocupa, mas a
reabertura da economia chinesa segue beneficiando a moeda brasileira.

Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, “o que mais chama a
atenção é que o real o perdeu a tração, estamos descolados do exterior. Desde o final de julho,
com algumas exceções, ficamos na faixa entre os R$ 5,15 e R$ 5,40”. O economista acredita que isso
é causado pelas incertezas fiscais, que criou um clima de piora sobre as contas brasileiras.

“A abertura da China é bastante positiva para a gente, é o país mais importante para a
balança comercial do país”, observa Borsoi.

De acordo com o boletim da Ajax Asset, “lá fora, os números fracos do comércio exterior da
China em novembro aumentaram as preocupações dos investidores com o cenário da economia global.
Assim, os ativos de risco registram um dia negativo”.

A balança comercial chinesa, em novembro, ficou em US$ 70 bilhões, abaixo das expectativas
(US$ 78 bilhões), enquanto as exportações caíram 9% no comparativo mensal (projeção de -4,0%)
e teve decréscimo de 11% ante novembro de 2021 (projeção de -7%).

“Por aqui, ambiente externo desfavorável deve impactar negativamente nas ações locais. No
front político, PEC da Transição deve ser aprovada sem maiores dificuldades no Senado”, avalia a
Ajax.

Por volta das 14h32 (horário de Brasília), o dólar comercial caía 1,27%, cotado a R$ 5,2020
para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em janeiro de 2022
recuava 0,88%, cotado a R$ 5.225,50. As informações são da Agência CMA.

Revisão:Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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