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CÂMBIO: Swap cambial ineficaz e inflação global fortalecem dólar

11 de outubro de 2021
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Porto Alegre, 11 de outubro de 2021 – O dólar opera em alta. Enquanto no
cenário global a moeda norte-americana é impactada pela inflação, gerando
dúvidas sobre a recuperação econômica dos Estados Unidos, no âmbito
doméstico as operações de swap cambial feitas pelo Banco Central (BC) parecem
não surtir mais efeito sobre o câmbio.

Segundo a equipe da Ouro Preto Investimentos, “o petróleo subindo
pressiona a inflação e desacelera a recuperação econômica nos Estados
Unidos”. Na análise da empresa, isso gera desconfiança quanto ao
reaquecimento da economia norte-americana.

Na análise da Ouro Preto, as operações de swap extraordinárias, que no
começo surtiam efeito na desvalorização do real ante o dólar, hoje tomaram
outra direção: “É consenso no mercado que o Banco Central está fazendo isso
para segurar a inflação e juros, e não para a rolagem cambial”. Isso, de
acordo com a análise da companhia, é visto como uma medida que já visa as
eleições de 2022.

“O mercado entende que o Banco Central está pensando muito mais em
política do que em política monetária. Ele (o BC) está perdendo
credibilidade”, avalia a Ouro Preto.

Para o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “o mercado está
esperando alguma resolução para os problemas fiscais, o prêmio de risco
subiu bastante no Brasil”.

Weigt, porém, não vê uma melhora em curto prazo: “a discussão sobre a
saída do (ministro da Economia) Paulo Guedes só atrapalha”, pontua. Para ele,
os leilões de swap cambial feitos pelo Banco Central (BC) tiram um pouco da
pressão sobre o câmbio.

Por outro lado, a inflação global é outro fator determinante neste
comportamento de aversão ao risco: “O gás natural e o petróleo estão muito
pressionados, e isso é ruim para os emergentes”, pontua Weigt.

De acordo com boletim matinal da Ajax Capital, “uma eventual piora na
inflação global, e crescimento das economias desenvolvidas desacelerando,
podem se refletir em uma pressão negativa nas margens de lucro das empresas,
levando a uma performance mais fraca dos ativos de risco global”.

Já no âmbito interno, o risco da quebra do teto orçamentário é visto
com preocupação, já que o governo estudar acionar a cláusula de calamidade
pública, aprovada na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial,
com o objetivo de prorrogar o Auxílio Emergencial. “Prêmios de risco devem
continuar elevados. Espera-se uma abertura mais fraca para bolsa, e de alta aos
mercados de dólar e juros”, avalia a Ajax Capital.

Por volta das 15h45 (horário de Brasília), o dólar comercial subia
0,34%, cotado a R$ 5,5350 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda
norte-americana com vencimento em novembro de 2021 avançava 0,39%, cotado a R$
5.553,00.

As informações são da Agência CMA.

Revisão: Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência
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