CÂMBIO: Volátil, dólar opera misto, pressionado por commodities e China

Porto Alegre, 15 de março de 2022 – O dólar opera misto, volátil. A
queda das commodities, influenciada pela alta da Ômicron na China, além do
iminente aumento dos juros nos Estados Unidos, somam-se aos riscos fiscais
domésticos que voltaram com mais força ao radar, enfraquecendo o real.

Para a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “desde
janeiro, o fluxo tinha justificado a valorização do real, mas agora começamos
a entrar em um momento de incertezas”. A economista acredita que amanhã o
Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) deve anunciar um
aumento gradual nos juros, mas na reunião de maio a postura deve ser mais
agressiva, além das paralisações industriais na China, que são um novo
elemento neste cenário de incertezas.

Mascaradas durante os primeiros meses do ano, as incertezas fiscais voltam a
incomodar: “As contas públicas estão novamente gerando preocupações, com
medidas populistas do governo”, ressalta Abdelmalack.

De acordo com boletim da Ajax Capital, a “queda do petróleo e recuperação
das moedas dos emergentes pode ajudar ativos locais, como os títulos de renda
fixa e o real”.

A Ajax também vê com bons olhos o imbróglio dos combustíveis: “existe
menor risco de adoção de novas medidas de compensação por conta da alta dos
combustíveis, como a ampliação temporária do Auxílio Brasil e a
desoneração de Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre a gasolina, é positivo no
front político”, analisa.

Há pouco, o dólar comercial subia 0,07%, cotado a R$ 5,1230 para venda. No
mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em abril de
2022 recuava 0,07%, cotado a R$ 5.148,00.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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