Porto Alegre, 14 de fevereiro de 2019 – O dólar comercial opera com viés
de alta, após oscilar na abertura dos negócios, com o mercado direcionando as
atenções para Brasília, onde o presidente Jair Bolsonaro, de volta às
atividades após alta hospital, deverá “bater o martelo” quanto à reforma da
Previdência ainda hoje. Em reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes,
e com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, Bolsonaro decidirá qual
proposta será apresentada ao Congresso. Um dos pontos mais aguardados do texto
é sobre a idade mínima.
Ontem, em entrevista à TV Record, Bolsonaro disse que deve decidir as
propostas da reforma da Previdência ainda hoje. Segundo ele, quanto a idade
mínima para a aposentadoria, o governo está entre as propostas que prevê 57
anos para mulheres e 62 para homens e outra que determina 60 anos para mulheres
e 65 para homens. O mercado julga ideal 65 anos para ambos.
Para a equipe econômica da H.Commcor é “imensurável” a dose de
apreensão do mercado, que segue ansioso se a “iminente idade mínima não tão
alta será compensada por demais pontos”, à exemplo do período de
transição, para permitir a economia fiscal almejada. Já o operador da
corretora Advanced, Alessandro Faganello, acrescenta que na visão da equipe
econômica, a proposta deve ser mais consistente, enquanto na outra ponta, a
política, a opção mais provável é a escolha por uma reforma mais suave.
“Os mercados devem ficar mais confortáveis caso a equipe econômica seja
a vencedora nesse cabo de guerra, ou que um plano viável seja apresentado”,
reforça. Porém, a reforma pode esbarrar na considerada primeira crise do
governo Bolsonaro, o mal-estar entre o presidente e o secretário-geral da
Previdência, Gustavo Bebianno, que pode ser exonerado do cargo se for
comprovado que ele está envolvido em um esquema de desvio de verbas de campanha
do PSL, partido que presidiu. Declarações do próprio Bolsonaro após
desmentir Bebianno nas redes sociais ao acusá-lo de mentir alegando que o
ex-presidente de seu partido falou com ele nesta semana enquanto estava no
hospital.
Lá fora, o mercado se volta à Pequim, onde uma comitiva do governo
norte-americano segue reunida com o governo chinês em mais uma rodada de
conversas a respeito da guerra comercial entre os países. Nesta semana, o
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que pode estender o prazo
de 1 de março caso haja avanço nas negociações.
Há rumores de que Trump estuda a possibilidade de prorrogar o prazo de
elevação das tarifas em 60 dias. Sem acordo, porém, passa a valer a tarifa de
25% sobre US$ 200 bilhões em importações da China. “A sinalização [de
Trump], além de positiva por motivos óbvios, alimenta expectativas de que as
negociações de fato avançam, alimentando apostas, inclusive, de reversão
parcial ou mesmo total de tarifas atualmente em vigor”, comenta a equipe
econômica da H.Commcor.
Às 9h57 (de Brasília), a moeda norte-americana tinha alta de 0,21% no
mercado à vista, cotada a R$ 3,7610 para venda, enquanto o contrato futuro para
março subia 0,10%, a R$ 3,7625. Lá fora, o Dollar Index operava com leve alta
de 0,04%, aos 97,165 pontos. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 01/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,12Farelo de soja à vista tonelada
R$ 2.040,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 70,00Preço base - Integração
Atualizado em: 01/11/2024 16:00