CÂMBIO:Dólar abre em alta seguindo exterior e atento à transição de governo

Porto Alegre, 5 de novembro de 2018 – O dólar abriu a semana em alta em
relação ao real, na volta do feriado local, com investidores atentos à
transição de governo, ao passo que nesta semana, o presidente eleito, Jair
Bolsonaro, se reunirá com o presidente Michel Temer para discutir temas como a
reforma da Previdência. Lá fora, o mercado acompanha as eleições do
Congresso nos Estados Unidos, amanhã.

Às 9h53 (de Brasília), a moeda norte-americana tinha alta de 0,40%,
cotada a R$ 3,7090 para venda, enquanto o contrato futuro para dezembro subia
0,25%, a R$ 3,715. Lá fora, o Dollar Index operava com leve alta de 0,06%, aos
96,600 pontos. Entre as moedas de países emergentes, a maioria perde para o
dólar.

A expectativa do encontro de Bolsonaro com Temer, previsto para
quarta-feira, com a possibilidade de negociação para votar parte da reforma da
Previdência ainda este ano, poderá trazer um cenário positivo aos ativos
locais, avalia o analista da Correparti, Guilherme França. Enquanto isso, a
espera por nomes para os ministérios e as medidas do novo governo seguem no
radar do mercado.

Lá fora, o movimento pode ser de realização de lucros antes da eleição
norte-americana de “meio de mandato”, que ocorrerá amanhã. Segundo a equipe
da H.Commcor, a votação pode trazer um novo equilíbrio entre republicanos e
democratas no Congresso, com iminentes efeitos nas políticas do presidente
Donald Trump.

O mercado segue atento aos desdobramentos da guerra comercial entre os
Estados Unidos e a China depois da declaração de Trump, no fim da semana, de
que um acordo entre os dois países pode avançar neste mês. O presidente
norte-americano e o presidente chinês, Xi Jinping, se encontrarão durante a
reunião do G-20, na Argentina.

Na sexta-feira, saiu o relatório de emprego dos Estados Unidos, o payroll,
com números mais fortes do que o esperado, renovando as preocupações sobre o
ritmo de alta de juros por lá. Na quinta-feira, sai a decisão de política
monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) com apostas
de manutenção do juro básico. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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