CÂMBIO:Dólar abre em queda com trégua na guerra comercial entre EUA e China

Porto Alegre, 3 de dezembro de 2018 – O dólar comercial abriu a semana em
queda reagindo ao acordo entre os presidentes dos Estados Unidos e da China,
Donald Trump e Xi Jinping, de que a cobrança adicional sobre produtos chineses
fica suspensa por 90 dias, a partir de 1 de janeiro. Apesar da reação
positiva, a moeda pode ficar volátil com os eventos ao longo da semana.

Às 9h50 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em baixa de 0,57%,
cotada a R$ 3,8330 para venda, depois de oscilar na mínima de R$ 3,8190
(-0,93%) e máxima de R$ 3,8400 (-0,39%). O contrato futuro para janeiro caía
0,73%, a R$ 3,8355. Lá fora, o Dollar Index caía 0,18%, aos 97,100 pontos.
Entre as moedas de países emergentes, o movimento é misto, com destaque para a
alta de quase 1% da moeda chinesa, enquanto a rupia indiana tinha queda ao
redor de 1%.

No sábado, durante o encontro de líderes do G-20, na Argentina, Trump e
Xi Jinping acertaram uma “trégua” de três meses na eventual elevação das
tarifas em US$ 200 bilhões em importações chinesas, passando de 10% para 25%,
prevista para a virada do ano. A expectativa é de que os países cheguem a um
acordo mais duradouro. Por enquanto, o mercado reage de forma positiva ao acordo
temporário.

“Investidores têm em mente que até o fim de março as tarifas ficarão
como estão, tendo ainda o comprometimento chinês pela redução do déficit
comercial imediato com os norte-americanos desde o mercado de grãos, com a soja
em foco, até a redução ou até remoção de tarifas em veículos importados
dos Estados Unidos”, comentam analistas da H.Commcor.

Apesar do viés positivo hoje, a semana deve ser de volatilidade com a
agenda de eventos na semana. Na quarta-feira, o mercado acionário
norte-americano fechará em luto pela morte do ex-presidente do país, George
W.Bush, morto na sexta-feira. Na mesma data, o presidente do Federal Reserve
(Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, será sabatinado no
Congresso. “O mercado observará se ele continuará com discurso ‘dovish’
como na semana passada em relação a política monetária”, diz o operador da
Advanced, Alessandro Faganello.

Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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