CÂMBIO:Dólar abre volátil,acompanhando exterior,à véspera de decisão do Fed

Porto Alegre, 18 de dezembro de 2018 – O dólar comercial opera volátil em
relação ao real, mas com viés de queda, desde a abertura dos negócios
acompanhando o movimento da moeda no exterior, onde perde terreno para as
principais moedas pares e de países emergentes. Os mercados seguem à espera do
principal evento da semana, a reunião de política monetária do banco central
dos Estados Unidos.

Às 9h38 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em leve queda de
0,07%, cotada a R$ 3,8910 para venda, depois de oscilar na mínima de R$ 3,8860
(-0,20%) e máxima de R$ 3,90 (+0,15%). No mercado futuro, o contrato para
janeiro caía 0,25%, a R$ 3,890. Lá fora, o Dollar Index recuava 0,37%, aos
96,742 pontos.

Segundo a equipe econômica da H.Commcor, a decisão do Federal Reserve
(Fed, o banco central norte-americano) quanto a taxa de juros e a sinalização
de política monetária para 2019, torna-se cada vez mais preponderante para
ditar o ritmo dos mercados. “Para amanhã é esperada uma elevação de juros
com 70% de chances”, reforça.

Os analistas reforçam que enquanto alguns investidores ainda trabalham com
a possibilidade de quatro elevações de juros no próximo ano nos Estados
Unidos, após a onda de vendas no mercado, é comum que alguns analistas migrem
suas projeções para duas altas, e em alguns casos, até projetando
estabilidade em 2019.

Em meio à alta de juros e as perspectivas para o ano que vem, como pano de
fundo, está a preocupação do mercado com a desaceleração global da
economia, que pode ser mais rápida e intensa do que se imagina. “Mesmo com a
desaceleração da economia da China e da zona do Euro, já dando sinais com
indicadores mais moderados, no primeiro trimestre de 2019 ainda não será
possível captar esse movimento”, avalia o operador da Advanced, Alessandro
Faganello.

O diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, comenta que não
descarta uma inversão de sinal ao longo da sessão, principalmente, após a
abertura dos negócios nos Estados Unidos, onde o mercado acionário fica no
radar dos investidores. “Ou ainda, se tivermos mais fluxo de saída de
recursos, como aconteceu ontem, fato típico em dezembro”, ressalta.

Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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