CÂMBIO:Dólar cai mais de 1% com menor pressão inflacionária nos EUA

São Paulo, 10 de maio de 2018 – A queda do dólar segue firme em escala
global, principalmente frente às principais moedas de países emergentes, com
investidores digerindo os dados de inflação dos Estados Unidos, abaixo do
projetado pelo mercado. Segundo analistas, os dados reduzem a pressão
inflacionária sobre a elevação da taxa de juros norte-americana.

Segundo o estrategista-chefe da Levante, Rafael Bevilacqua, “o número
demonstra uma redução da pressão inflacionária, fato que diminui o medo de
uma alta de juros mais forte que o esperado nos Estados Unidos”, diz. O índice
de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) registrou alta de 0,2%,
enquanto a previsão do mercado era de +0,3%.

Às 14h16 (de Brasília), a moeda norte-americana caía 1,36%, negociada a
R$ 3,5450 para venda. Já o contrato para junho, no mercado futuro, operava em
queda de 1,27%, a R$ 3,553. Enquanto lá fora, o Dollar Index tinha queda de
0,30%, aos 92.775 pontos. Entre as moedas emergentes, o rublo russo valorizava
em mais de 2,1% ante o dólar, enquanto os pesos chileno e mexicano apreciavam
ao redor de 1,5%.

O analista da Quantitas, Matheus Gallina, reforça que os dados de
inflação do mês passado somado aos do índice de preços ao produtor,
divulgados ontem, e aos dados de emprego que saíram na semana passada, todos
abaixo do esperado, contribuem para o arrefecimento global da moeda.

Gallina destaca ainda outro fator que colabora para a depreciação da
moeda norte-americana. “A confirmação e a data do encontro entre Trump
[Donald, presidente norte-americano] e Kim Jong Um [líder da Coreia do Norte]
ajudam por reduzir um cenário de risco no mercado”, comenta. O encontro entre
os líderes será em 12 de junho, em Singapura. A proposta da reunião é a
desnuclearização da Península Coreana.

As informações são da agência CMA.

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