CÂMBIO:Dólar opera sem rumo único com Fed e guerra comercial, antes de Ptax

Porto Alegre, 31 de outubro de 2019 – O dólar comercial opera sem rumo
único antes da formação de preço da taxa Ptax de fim de mês no mercado
local, que corrobora para a volatilidade da moeda, e digerindo os comunicados
dos bancos centrais dos Estados Unidos e brasileiro o qual seguiram caminhos
diferentes ao falar sobre o futuro da taxa de juros nos países. Enquanto o
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) sinalizou mais um
corte de 0,50 ponto percentual (pp) na reunião de dezembro, o Federal Reserve
(Fed) não deixou claro se o ciclo de afrouxamento monetário se encerrou ontem.

Às 10h19 (de Brasília), a moeda norte-americana tinha leve alta de 0,10%
No mercado à vista, cotada a R$ 3,9890 para venda, depois de oscilar na mínima
de R$ 3,9670 (-0,50%) e máxima de R$ 3,9920 (+0,12%), enquanto o contrato para
novembro operava com ligeira alta de 0,08%, a R$ 3,9890. Lá fora, o Dollar
Index recuava 0,36%, aos 97,300 pontos.

Sobre as decisões de política monetária, o economista-chefe da Infinity,
Jason Vieira, comenta que o Fed, tanto no comunicado quanto no discurso do
presidente da instituição, Jerome Powell, falhou em qualquer tentativa de
sinal, deixando claro que a “armadilha de liquidez” em que os Estados Unidos
se inseriram “dificulta” cada vez mais qualquer movimento de juros que não
seja de cortes.

“Ao mercado, o BC não foi tão explícito ao determinar pausa após a
reunião de dezembro, em vista os posicionamentos dados na curva de juros
futuros em seus diversos vértices, em especial os mais curtos. Tende a ser o
‘início do fim’ do ciclo de corte, sinalizado com prudência e cautela”,
destaca.

No último pregão do mês, tem a tradicional “briga” entre comprados e
vendidos pela formação de preço da Ptax – média das cotações apuradas pelo
BC – que deixa a moeda instável na primeira parte dos negócios. “Pelas
informações colhidas junto as mesas de câmbio, os vendidos estariam em
vantagem e devem trabalhar por uma Ptax mais baixa”, comenta o diretor
superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik. Com informações da
Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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