Porto Alegre, 01 de junho de 2022 – O dólar segue em alta, com direção
definida. A divulgação do Livro Bege pelo Federal Reserve (Fed, o banco
central norte-americano), há pouco, não trouxe surpresas, e novamente mostrou
a preocupação da instituição com a inflação, o que pode acarretar em maior
aperto monetário.
Segundo o sócio fundador da Pronto! Invest, Vanei Nagem, “o mercado está
lendo o Livro Bege demonstrar uma cautela mais forte do que se esperava, com o
Fed monitorando a inflação, o que abre a possibilidade de intensificar o
aumento dos juros a qualquer momento”.
Nagem reforça que neste primeiro momento é difícil fazer uma análise mais
aprofundada e aposta que nos próximos dias o fluxo estrangeiro deve voltar a
valorizar o real.
De acordo com o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa,
“a atividade industrial veio forte, o que deve forçar o Fed a subir os juros.
É preciso ficar de olho nas declarações dos dirigentes do Fed ao longo do
dia”.
Rosa lembra que o PMI (Purchasing Managers Index, ou índice de gerentes de
compras) de maio (49,6 pontos) da China ficou acima do esperado, o que favorece
as commodities e nutre esperanças sobre uma recuperação econômica do país.
Para o analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, “existe
expectativa com o experimento de controle à covid que estão fazendo em Xangai.
Se der certo, o governo chinês pode adotar isso como regra”.
“Primeiro, eles voltaram com o transporte público, agora pouco eles
liberaram escritórios e alguns negócios como fábricas de alimentos e unidades
de produção agrícola. Nesta semana mais alguns negócios voltam a funcionar,
com 75% da capacidade shoppings, lojas de conveniência, farmácias e salões
de beleza. Cinemas e academias vão permanecer fechados, enquanto escolas vão
abrir caso a caso. Tudo isso com planos bem definidos para prevenção e
contenção. Além disso, tem várias medidas para auxiliar economicamente os
pequenos negócios”, explica Komura.
Komura não acredita que o Livro Bege trará surpresas, e deve vir em linha
com o que o Fed tem dito sobre não subir os juros bruscamente, movimento que
deve corroborar para a desvalorização do dólar.
Há pouco, o dólar comercial subia 0,84%, cotado a R$ 4,7940 para venda. No
mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em julho de
2022 avançava 1,28%, cotado a R$ 4.834,50.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45