Porto Alegre, 2 de setembro de 2016 – O dólar encontra dificuldades para
manter a trajetória de queda ante o real, apesar da reação dos mercados
internacionais após os números abaixo do esperado sobre o mercado de trabalho
nos Estados Unidos (payroll). A moeda norte-americana mostra resistência em se
desvalorizar mais ante a brasileira, diante das incertezas com o cenário
doméstico após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Às 11h45, o dólar comercial era negociado em alta de 0,24%, cotado a R$
3,2580, enquanto o dólar futuro para outubro tinha leve baixa de 0,09%, a R$
3,2830. Um operador de câmbio da tesouraria de um banco explica que o câmbio
doméstico vem encontrando dificuldades em se afastar muito da cotação de R$
3,25.
“O real tem se depreciado menos em relação aos pares emergentes, sem
muita força para cair mais, não por causa de atuação do Banco Central, mas
sim pelas incertezas políticas e pelos fundamentos econômicos do Brasil”,
afirma. Ele explica que essa cautela deixa os investidores mais tomador,
montando posição defensiva em dólar, o que impede que o mercado cambial
doméstico acompanhe a euforia com o payroll de hoje.
O economista-chefe da Azimut Brasil, Paulo Eduardo Gomes, afirma que o
payroll abaixo do esperado sinaliza que os juros nos Estados Unidos devem ficar
estáveis até novembro, mas isso não afasta a possibilidade de aperto
monetário pelo Federal Reserve antes do fim do ano. Para ele, a desaceleração
na geração de emprego no país contribui para que a taxa norte-americana
fique estável neste mês. “Mas a nossa expectativa ainda é de alta nos juros
em dezembro”, diz. As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 29/04/2025 09:50