São Paulo, 27 de novembro 2017 – O volume de cana-de-açúcar processado
pelas unidades produtoras do Centro-Sul atingiu 23,35 milhões de toneladas ao
final da primeira quinzena de novembro, 7,24% superior ao verificado no mesmo
período de 2016 (21,77 milhões de toneladas). Por outro lado, esse resultado
representa uma redução de quase 7 milhões de toneladas no comparativo com a
moagem registrada na quinzena precedente (30,02 milhões de toneladas nos
últimos 15 dias de outubro de 2017).
No acumulado desde o início da safra 2017/2018 até 16 de novembro, a
quantidade moída somou 552,95 milhões de toneladas, recuo em relação as
562,02 milhões registradas em igual período do ciclo 2016/2017. Portanto, em
termos absolutos, persiste uma defasagem de aproximadamente 9 milhões de
toneladas entre as duas safras.
Simultâneo a essa defasagem da moagem acumulada ocorreu a melhora da
qualidade da matéria-prima, sem prejuízos aos produtos sucroenergéticos. Em
outras palavras, a retração da moagem foi integralmente compensada pelo maior
teor de sacarose da planta, não diminuindo, portanto, o volume global de ATR
disponível às produções de etanol e açúcar.
Até 16 de novembro, 82 unidades encerraram a safra no Centro-Sul, contra
115 até a mesma data do último ano. A saber, a União da Indústria de
Cana-de-Açúcar (UNICA) está continuamente pesquisando as datas de término de
moagem, efetivas e previstas, junto a todas as usinas e destilarias do
Centro-Sul.
Qualidade da matéria-prima
A concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de
matéria-prima processada diminuiu nos 15 primeiros dias de novembro. O índice
alcançou 132,64 kg por tonelada, ante 137,44 kg na mesma quinzena do último
ano (queda de 3,49%) e 153,62 kg observados ao final de outubro de 2017
(13,66%).
Segundo o diretor Técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues, “essa
retração da qualidade era esperada, pois em outubro o ATR cana – aquele
obtido a partir das análises em laboratório da planta entregue na unidade
industrial – já sinalizava para uma queda de 2% a 3% nesse indicador. ”
No acumulado desde o início da safra 2017/2018 até 16 de novembro, o teor
de ATR totalizou 137,58 kg por tonelada, crescimento de 2,57% sobre os 134,13
kg apurados no mesmo período do último ano.
Produção de açúcar e etanol
Com o preço internacional do açúcar pouco atrativo, a cana segue
direcionada majoritariamente à fabricação de etanol. Na primeira metade de
novembro, 57,45% da matéria-prima processada destinaram-se à produção do
renovável – significativamente acima dos 52,05% computados na mesma quinzena
de 2016 e dos 57,15% contabilizados ao final de outubro de 2017. No acumulado
até 16 de novembro desse ano, esta proporção atingiu 52,60%.
Para Padua, “esses números refletem a mudança no perfil de produção
das usinas anexas (produtoras de açúcar e de etanol) e também o aumento da
sua participação na moagem total do Centro-Sul”. Nos primeiros 15 dias de
novembro, essa participação alcançou 87,01% – o maior percentual observado na
safra 2017/2018. Adicionalmente, essas unidades anexas elevaram a proporção
de cana direcionada à fabricação de etanol – atingindo 50,75% na primeira
metade de novembro, contra 49,66% na quinzena anterior – e em termos efetivos,
têm reduzido seu rendimento em aproximadamente 10 kg de açúcar por tonelada
de cana processada.
Com isso, mesmo diante da mencionada expansão da moagem nos 15 dias
iniciais de novembro sobre 2016, a quantidade fabricada de açúcar caiu 8,16%
nesse mesmo período, somando 1,26 milhão de toneladas.
Em contrapartida, a produção de etanol aumentou 15,29%, com 1,06 bilhão
de litros fabricados na primeira quinzena de novembro do ciclo atual. Deste
volume, 599,97 milhões de litros são de etanol hidratado e 463,59 milhões de
litros de etanol anidro.
No acumulado desde o início da safra 2017/2018 até 16 de novembro, a
produção de açúcar totalizou 34,36 milhões de toneladas (alta de 2,36% em
relação ao índice registrado até a mesma data do ano passado). A produção
de etanol, por sua vez, somou 23,66 bilhões de litros (10,20 bilhões de litros
de etanol anidro e 13,46 bilhões de litros de etanol hidratado), praticamente
igual aos 23,61 verificados em 2016.
Importante destacar que esse volume fabricado de etanol já incluí aquele
produzido a partir do milho, que totalizou 22,21 milhões de litros na primeira
quinzena de novembro. No acumulado de abril até o dia 16 daquele mês, foram
228,39 milhões de litros fabricados a partir do milho, frente aos 92,05
milhões de litros em igual período no ciclo 2016/2017.
Vendas de etanol
O volume de etanol comercializado pelas unidades do Centro-Sul atingiu 1,10
bilhão de litros nos primeiros 15 dias de novembro, incremento expressivo de
15,17% sobre a mesma quinzena de 2016.
Este crescimento foi impulsionado, mais uma vez, pelas vendas ao mercado
doméstico de hidratado. Estas somaram 684,76 milhões de litros, frente a
503,16 milhões de litros registrados em igual período do último ano –
incremento de 36,09%.
Em termos econômicos, “o hidratado segue competitivo em relação à
gasolina nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso, responsáveis
por quase metade da frota de veículos leves e motocicletas do País”,
acrescentou Padua.
O volume comercializado de etanol anidro no mercado interno alcançou
395,30 milhões de litros nos 15 primeiros dias de novembro. O produto também
respondeu por praticamente todo os 23,25 milhões de litros exportados nessa
quinzena.
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 29/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.943,33Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,25Preço base - Integração
Atualizado em: 29/11/2024 10:30