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‘-CANA-DE-AÇÚCAR: BIOSEV ESTIMA MOAGEM DE 29 A 31,5 MI/TON EM 2014/15

12 de junho de 2014
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SAFRAS (12) – A Biosev, segunda maior processadora de cana-de-açúcar do
mundo, estima moer de 29 milhões a 31,5 milhões de toneladas na safra 2014/15,
já considerando o efeito da seca que afetou o centro-sul do Brasil no começo
do ano, o que permitirá à empresa elevar o uso de sua capacidade instalada,
disse o presidente da companhia nesta quarta-feira. Na temporada anterior,
encerrada ao final de março, a Biosev moeu 30 milhões de toneladas.
“Se nós moermos 29 milhões, que é a taxa mínima do range (intervalo),
teremos uma taxa de ocupação levemente superior à deste ano”, disse Rui
Chammas, presidente da Biosev, em entrevista à Reuters, para comentar os
resultados da safra.
Na safra 2013/14, a taxa de utilização foi de 79%. Na atual temporada,
mesmo no piso da estimativa, este percentual pode chegar a 79,7%, podendo chegar
86,5%, se considerado o teto da estimativa da companhia
O aumento no uso da capacidade veio em meio a um processo de
reestruturação, que incluiu a interrupção da operação de uma usina, que
gerou uma economia de 40 milhões de reais por mês. Ao mesmo tempo, a empresa
espera ser beneficiada por um cenário melhor de preços do açúcar e do
etanol, que juntamente com a sua reestruturação. Isso deve contribuir para que
a Biosev volte a gerar fluxo de caixa positivo para cobrir seus investimentos,
disse o executivo.
A companhia teve um prejuízo de 1,46 bilhão de reais no ciclo 2013/14,
137% maior ante o ano anterior. Chammas observou que depois de sofrer uma crise
por excesso de oferta de açúcar, o retorno à situação de oferta e demanda
mais equilibrada levará à recuperação dos preços de açúcar.
Consultorias e especialistas vêm reafirmando que o mundo pode ter um
déficit de açúcar em 2014/15, após alguns anos de excesso de oferta que
pesou sobre as cotações.
O executivo afirmou que 80% do volume de açúcar da companhia exposto a
preços de mercado no ciclo 2014/15 está “hedgeado”, fixado a um valor médio
de 18,27 centavos de dólar por libra-peso. Ele não especificou qual era o
percentual de fixação em igual período do ano anterior. Nesta quarta-feira, o
contrato mais ativo do açúcar bruto na bolsa de Nova York fechou a 16,81
centavos de dólar.
No caso da safra 2015/16, a Biosev ainda irá monitorar a condição do
mercado ao longo do ano para fazer o “hedge”. “Este vai ser o último ano que
a produção de açúcar vai ficar igual ou maior à demanda no mundo. Vai
voltar a ver um equilíbrio entre oferta e demanda, os estoques vão reduzir e a
gente espera uma recuperação de preços a partir da próxima safra”, disse.
O executivo também vê algum espaço para melhora dos preços do etanol no
país, em função da necessidade de reajustar valores para a gasolina na
tentativa de reduzir a defasagem entre o preço doméstico e o internacional, o
que consequentemente beneficiaria o biocombustível. As informações são da
Reuters.

(CS)

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