SAFRAS (31) – Em decorrência da situação de muitas chuvas no Rio Grande
do Sul, enxurradas e alagamentos, nas regiões das Missões e Fronteira
Noroeste, nos últimos meses, com vários dias seguidos de precipitações e
dias com alta umidade, a Cooperativa que produz cana-de-açúcar para produção
de etanol está com os trabalhos de colheita bastante atrasados.
Até o momento, somente 15% da área já foi colhida, sendo que a
média histórica normal seria 30% para esta mesma época do ano. As máquinas
que realizam a colheita do produto, necessitam de níveis menores de umidade no
solo para entrarem com estes equipamentos na lavoura, quando comparado com a
colheita manual.
O rendimento industrial também está um pouco abaixo da normalidade, com
aproximadamente 60 litros de álcool por tonelada de cana. O rendimento da cana
está dentro das expectativas iniciais, de aproximadamente 60 toneladas por
hectare. Além disso, ainda existe dificuldade com relação às áreas
inundadas pela enchente, onde ainda não é possível entrar com o maquinário,
sendo necessário um longo período de tempo seco para secar o barro que ficou
acumulado nas entrelinhas.
As mesmas dificuldades estão tendo os agricultores que realizam a
colheita manual e que processam o produto em suas agroindústrias. Nas regiões
do Litoral Norte e Médio do RS, as lavouras, tanto as soqueiras como as
lavouras novas, se apresentam com bom desenvolvimento, especialmente em Santo
Antônio da Patrulha.
A pouca comercialização está acontecendo a R$ 120,00 a tonelada. Em
Torres, município que dispõe de pequena área de 15 ha, a produção é
utilizada como alimentação do gado e para a produção de destilados em apenas
um alambique que produz 6.000 l de cachaça ao ano. Com inverno ameno, com
temperaturas acima da média, os pecuaristas reservam a cana, aguardando o
período mais frio.
No município de Osório ha, aproximadamente, 80 ha destinados à
cultura. Destes, em torno de 15 ha são destinados aos 3 alambiques de pequeno
porte existentes na localidade e que produzem, aproximadamente, 12.000 litros de
cachaça por ano. A cachaça é comercializada ao valor de R$ 3,00 a 3,50/litro
na propriedade. Também é comercializada na feira do produtor com preço
variando entre R$ 5,00 e R$ 10,00/litro.
O licor é vendido por R$ 5,00/garrafa de 500 ml em média. O restante do
plantio é destinado à alimentação animal, consumidos diretamente nas
propriedades ou comercializados na região com preço em torno de R$ 150,00/t.
Neste período há um aumento na comercialização da cana para alimentação
animal, em função do período de outono/inverno que diminui a oferta das
pastagens.
Já a intensidade de produção dos alambiques não é tão grande, pois
a fermentação da garapa é mais lenta em função do frio, podendo levar o
dobro do tempo para entrar no alambique. Com informações do boletim semanal
divulgado pela Emater (RS).
(CBL)
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50