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‘-CANA-DE-AÇÚCAR: MOAGEM DA SAFRA 2014/15 SOMA 244,4 MI/TON, ALTA DE 8,26%

24 de julho de 2014
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SAFRAS (24) – O volume de cana-de-açúcar processado pelas unidades
produtoras da região Centro-Sul totalizou 41,33 milhões de toneladas na
primeira quinzena de julho de 2014. Esse resultado é 6,44% inferior as 44,17
milhões de toneladas moídas na quinzena anterior e 3,88% menor quando
comparado ao valor registrado na primeira metade de julho de 2013 (42,99
milhões de toneladas).
Segundo o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar
(Unica), Antonio de Padua Rodrigues, “a retração da moagem na primeira
quinzena de julho se deve às chuvas que ocorreram no sul do Estado de São
Paulo, no norte do Paraná e em boa parte do Mato Grosso do Sul. Além disso,
houve a manutenção industrial programada e a redução do ritmo de moagem em
várias unidades produtoras devido à menor oferta de cana”.
No acumulado desde o início da safra 2014/2015 até 16 de julho, a moagem
alcançou 244,38 milhões de toneladas, crescimento de 8,26% em relação
àquela verificada no mesmo período do último ano (225,73 milhões de
toneladas).
Em relação à produtividade agrícola, segundo informações apuradas
pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), o rendimento da área colhida
atingiu 79,30 toneladas de cana-de-açúcar por hectare em junho, queda de 4,10%
frente ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado desde o início da atual
safra até o final de junho, a quebra agrícola alcançou 6,1%.
O executivo da Unica destaca que “a condição do canavial é muito
heterogênea entre as regiões produtoras: em alguns locais a produtividade da
lavoura está acima daquela observada em 2013, enquanto em outros a quebra
agrícola ultrapassa 20%”. No agregado do Centro-Sul, a expectativa é que a
redução na produtividade se acentue nos próximos meses, devido à colheita da
cana-de-açúcar com menos de 12 meses e de áreas mais afetadas pela seca
prolongada, disse o executivo.
De fato, estatísticas preliminares do CTC indicam que o rendimento médio
dos canaviais colhidos na região Centro-Sul durante a primeira quinzena de
julho será inferior àquele registrado em junho, com quebra acima do valor
acumulado registrado até o momento (6,1%).
A saber, no Estado de São Paulo a quebra agrícola acumulada até o final
de junho alcançou 8,50%, enquanto a moagem acumulada para o mesmo período
cresceu 9,80% no comparativo com a safra 2013/14, indicando que houve um avanço
considerável na área colhida.

Qualidade da matéria-prima
Apesar de prejudicar sensivelmente a produtividade agrícola, a estiagem
melhorou a qualidade da cana-de-açúcar ao favorecer a concentração de
açúcares pela planta.
Nos primeiros 15 dias de julho, a quantidade de Açúcares Totais
Recuperáveis (ATR) alcançou 139,44 kg por tonelada de cana-de-açúcar
processada, valor 7,42% maior que aquele apurado no mesmo período do último
ano (129,81 kg de ATR/t de cana).
Rodrigues ressalta que “a concentração de ATR observada nos primeiros
15 dias de julho deste ano só foi alcançada na safra 2013/14 no final de
setembro”. Em algumas unidades produtoras, o valor apurado na primeira metade
de julho já superou 150,00 kg por tonelada de cana moída, acrescentou.
No acumulado desde o início da safra até 16 de julho, o teor de ATR por
tonelada de matéria-prima totalizou 126,97 kg, 2,14% superior aos 124,31 kg
registrados na mesma data de 2013.

Produção de açúcar e etanol
Da quantidade total de cana-de-açúcar moída na primeira quinzena de
julho, 46,38% destinou-se à produção de açúcar, contra 45,46% computados
até o mesmo momento da safra 2013/14. No acumulado desde o início da atual
safra até 16 de julho, este percentual totalizou 43,60%.
A produção de açúcar na primeira metade de julho somou 2,55 milhões de
toneladas. Esta quantidade é praticamente idêntica àquela observada na
quinzena anterior (2,58 milhões de toneladas), mas 5,34% superior no
comparativo com o mesmo período de 2013 (2,42 milhões de toneladas).
Esse pequeno crescimento na produção de açúcar se deve a antecipação
do cronograma de fabricação do produto. Isso ocorreu em função do aumento da
concentração de açúcares na cana colhida no início de julho, da
expectativa de maior quebra agrícola nos próximos meses e da possibilidade de
queda mais acentuada na qualidade da matéria-prima no final da safra devido à
antecipação da colheita.
Para o diretor da Unica, “é natural que as empresas aproveitem esse
momento de melhor qualidade da cana para produzir o açúcar necessário ao
atendimento dos compromissos futuros já assumidos”. Ninguém quer correr o
risco de não conseguir produzir o açúcar já contratado, visto que existem
muitas dúvidas sobre as condições agrícolas e de colheita para os próximos
meses, acrescentou.
Ele ressalta, entretanto, que a remuneração relativa etanol/açúcar, a
necessidade de caixa de boa parte das empresas e a quebra agrícola mais
acentuada em São Paulo, principal exportador de açúcar, não indicam que esse
movimento se repita em todas as quinzenas da safra.
No acumulado desde o início da safra 2014/15 até 16 de julho, a
fabricação de açúcar alcançou 12,89 milhões de toneladas, contra 11,37
milhões de toneladas apuradas até a mesma data do último ano.
Em relação ao etanol, o volume produzido alcançou 1,81 bilhão de litros
na primeira metade de julho, aumento de 1,68% sobre o mesmo período da safra
passada. Deste volume, 1,01 bilhão de litros refere-se ao etanol hidratado e
797,71 milhões de litros ao etanol anidro.
A produção acumulada somou 10,26 bilhões de litros desde o início da
safra até 16 de julho, sendo 4,38 bilhões de litros de etanol anidro e 5,88
bilhões de litros de etanol hidratado.

Vendas de etanol
As vendas de etanol pelas unidades produtoras da região Centro-Sul somaram
988,57 milhões de litros na primeira quinzena de julho, contra 1,09 bilhão de
litros em igual período de 2013.
Deste volume comercializado na mencionada quinzena, apenas 36,64 milhões
de litros destinaram-se à exportação, enquanto 951,93 milhões de litros ao
mercado doméstico – pequeno aumento de 0,91% comparativamente ao montante
observado em igual quinzena do ano anterior.
As vendas de etanol anidro ao mercado interno totalizaram 429,66 milhões
de litros nos primeiros 15 dias de julho, alta de 10,11% em relação aos 390,21
milhões de litros comercializados em igual quinzena de 2013.
Em relação ao etanol hidratado, o volume comercializado no mercado
doméstico somou 522,28 milhões de litros na primeira metade do mês, ante
553,15 milhões de litros no mesmo período de 2013.
No acumulado desde abril até 16 de julho, as vendas de etanol somaram 6,90
bilhões de litros, contra 7,04 bilhões de litros apurados até esta mesma
data da safra 2013/14.
Esse recuo resulta da queda de 44,46% das exportações, já que o volume
direcionado ao abastecimento doméstico aumentou 4,32% no período, totalizando
6,40 bilhões de litros. As informações são da assessoria de comunicação
da Unica.

(CS)

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