Porto Alegre, 04 de dezembro de 2014 – O desenvolvimento de variedades de
cana mais tolerante a seca, que proporcione a mesma capacidade de produção,
é sem dúvida um passo importante para a expansão da indústria canavieira.
Com esta observação, o consultor Ambiental e de Recursos Hídricos da União
da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), André Elia Neto destacou os ganhos
que a nova planta geneticamente modificada pela Embrapa Agroenergia pode
proporcionar ao setor sucroenergético.
Segundo o consultor, com a opção de uma cana mais resistente, as áreas
de expansão, mais sujeitas a longos períodos de estiagem, podem diminuir o uso
de água na irrigação dos canaviais. “Em tempos de seca, e em lugares onde
há pouca oferta de recurso hídrico, todas as alternativas que garantam a
produtividade são bem vindas,” assegurou Elia Neto.
Aprovada nos testes de laboratório, desde janeiro a nova muda é cultivada
em um campo experimental em Piracicaba (SP), no Centro de Tecnologia Canavieira
(CTC). Já para uso em solos da região Centro-Oeste e Sul do País, a Embrapa
aguarda autorização da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
Desenvolvendo a pesquisa desde 2008, a Embrapa Agroenergia tem como
parceiro o Centro Internacional de Pesquisas para Ciências Agrárias do Japão
(Japan Internacional Research Center for Agricultural Sciences – JIRCAS),
instituição detentora da patente do gene utilizado na transformação
genética da cana.
O instituto agronômico brasileiro desenvolve ainda outras duas pesquisas
com cana-de-açúcar, uma para facilitar o acesso aos açúcares da palha e do
bagaço e outra para elevar o conteúdo de biomassa.
As informações partem da assessoria de imprensa da Unica.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS
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Atualizado em: 28/11/2024 10:30