Porto Alegre, 30 de dezembro de 2014 – O reajuste insuficiente no preço da
gasolina, que limita a competitividade do etanol nas bombas de combustíveis, a
estiagem e o menor volume de crédito disponível para as usinas de
cana-de-açúcar, criaram o cenário para que mais empresas recorressem à
recuperação judicial para reerguer as operações em diversas regiões
produtoras do País.
Segundo a agência de classificação de riscos Fitch Ratings, o avanço na
relação entre a dívida líquida por ebitda (lucro antes de juros, impostos,
depreciação e amortização), que tem ficado acima de 4,5 vezes no fim do ano
fiscal 2015, ante 4,2 vezes ante o observado em 30 de junho deste ano, é um
retrato do setor.
Estima-se que serão necessários pelo menos até cinco anos para que o
setor se recupere da situação financeira conturbada. Após um ano de
negociação com credores, a Unialco chegou a um acordo para pagamento de
dívidas no valor de R$ 20 milhões em juros e a venda de duas usinas para
quitar a dívida.
Em situação semelhante está a Aralco, que teve aprovado no início deste
mês seu plano de recuperação judicial. Há menos de um ano a empresa, que
possui quatro usinas no Estado de São Paulo, emitiu US$ 250 milhões em bonds
para alongar dívidas. A Virgolino de Oliveira também iniciará as tratativas
com credores sobre dívidas de aproximadamente R$ 4 bilhões.
O ano de 2014 foi difícil para as sucroalcooleiras do ponto de vista de
rentabilidade, já que o preço do açúcar no mercado externo está baixo e o
aumento no preço dos combustíveis anunciado pela Petrobras, em novembro, de 3%
da gasolina e 5% do diesel, ainda limita os ganhos do etanol. As informações
são da Agência CMA.
Revisão: Cândida Schaedler / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 29/11/2024
Suíno Independente kg vivo
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R$ 1.943,33Casquinha de soja à vista tonelada
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Atualizado em: 29/11/2024 10:30