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CANA-DE-AÇÚCAR: Setor é fonte de energia alternativa para o Brasil

4 de dezembro de 2014
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Porto Alegre, 04 de dezembro de 2014 – A cana-de-açúcar, um exemplo de
cultura renovável e versátil, continua sendo uma das principais fontes
alternativas de energia no Brasil. Produtos como o etanol e a bioeletricidade,
são exemplos significativos do grande potencial energético encontrado nos
canaviais. A declaração de Elizabeth Farina, presidente da União da
Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), durante sua participação no “3
Workshop How2Guide for Bioenergy – Brasil,” resume bem o papel estratégico
da cana para a matriz energética brasileira.

Promovido entre os dias 28 e 29 de novembro, em Piracicaba (SP), pela
Agência Internacional de Energia (IEA), em parceria com o Ministério de Minas
e Energia (MME) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO), e com apoio do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e da
UNICA, o evento faz parte de ações sequenciadas organizadas em diversos
países, que levarão a elaboração de um guia que incluirá uma série de
casos importantes para o desenvolvimento e implementação de projetos em
bioenergia.

Com uma participação efetiva na geração de energia, tanto o
biocombustível de cana quanto a bioeletricidade, segundo Farina, são os
principais responsáveis pelo crescimento das fontes renováveis no Brasil. Com
uma produção aproximada de 28 bilhões de litros de etanol por ano, o País
responde por 25% da produção global e 37% das exportações mundiais do
biocombustível. E por meio da queima do bagaço e da palha da cana em
caldeiras, as cerca de 400 unidades industriais existentes geram eletricidade
para abastecer suas próprias atividades, sendo autossuficientes. 40% dessas
unidade também exportam energia para o sistema elétrico. Hoje o setor é
responsável por 3,3% do consumo brasileiro de energia elétrica e com potencial
de exploração equivalente a três usinas do porte de Belo Monte.

“Além de contribuir para a sustentabilidade ambiental, com qualidades
reconhecidas internacionalmente, os produtos energéticos extraídos da cana
não comprometem a produção de alimentos e são essenciais para a nossa matriz
energética,” explicou Farina.

A presidente da UNICA enfatizou ainda as atuais adversidades enfrentadas
pela indústria canavieira. Entre elas a urgência de políticas públicas que
valorizem os benefícios da bioeletricidade e suas externalidades positivas, e a
busca de uma maior eficiência dos motores flex utilizando o etanol.

Já o assessor Técnico da Presidência do CTC, Jaime Finguerut, destacou a
importância do Guia e a exposição dos casos energéticos brasileiros. “O
País é destaque mundial no uso de energias renováveis, e é importante trocar
experiências e direcionar os interessados em implantar projetos similares de
bioenergia,” afirmou.

Além dos representantes da UNICA e do CTC, participaram do evento o
diretor do Departamento de Energias Renováveis do Ministério de Minas e
Energia (MME), Ricardo de Gusmão Dornelles; o representante da FAO/Brasil, Alan
Jorge Bojanic Helbingen; o coordenador Geral de Açúcar e Etanol do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Cid Caldas, entre
outros especialistas de diferentes países. A publicação do guia está
prevista para 2015.

As informações partem da assessoria de imprensa da Unica.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS

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