Porto Alegre, 22 de junho de 2022 – A moagem de cana no Centro-Sul do
país deverá ter uma recuperação pior que a esperada nesta safra (2022/23),
ainda por causa dos efeitos do clima adverso do ano passado. A Copersucar, que
reúne 36 usinas associadas na região, com capacidade total para processar 100
milhões de toneladas de cana por safra, estima que o volume de matéria-prima a
ser processado em todo o Centro-Sul deverá ficar entre 540 milhões e 548
milhões de toneladas. Em 2021/22, as usinas da região processaram 523 milhões
de toneladas.
“No início, a expectativa era um pouco maior. Mas a condição climática
para o canavial tem tido impacto. Hoje, a visão convergente é que safra
deverá ter uma recuperação um pouco menor que a estimada inicialmente”,
disse Tomas Caetano Manzano, CEO da Copersucar, durante a apresentação dos
resultados da companhia na última safra.
Mesmo um aumento limitado da moagem não deverá significar necessariamente
crescimento da produção, já que a concentração de sacarose na cana está
pior. A princípio, a Copersucar acredita que a concentração média de ATR
(Açúcares Totais Recuperáveis) no Centro-Sul deverá ficar entre 139 quilos e
140 quilos por tonelada de cana processada; na safra passada, a concentração
média ficou 143 quilos por tonelada.
“Podemos vir a ter um cenário, na faixa mais pessimista, de um volume de
ATR total próximo ao do ano passado. Pode ser um pouco maior se a produtividade
agrícola evoluir um pouco com a condição climática depois do inverno”,
afirmou Manzano.
O reflexo dessa oferta menor de matéria-prima sobre a produção de etanol
ou açúcar vai depender do “mix” das usinas, que ainda é um fator de
grande incerteza para a temporada, apesar de o setor já ter entrado no terceiro
mês de operação desta safra. A Copersucar trabalha com uma estimativa de que
41% a 44% da cana deverá ser destinada à produção de açúcar, abaixo dos
45% da safra passada.
Se essa projeção se confirmar, a Copersucar espera que a produção de
açúcar do Centro-Sul nesta temporada fique entre 30 milhões e 32 milhões de
toneladas, abaixo das 34 milhões de toneladas da temporada passada. Como
consequência, as exportações deverão recuar das 25 milhões de toneladas
registradas na última safra para algo entre 22 milhões e 24 milhões de
toneladas, segundo Manzano.
As informações partem do Valor Econômico.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45