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CANA: Safra mineira deve cair 7% neste ano – Siamig

5 de outubro de 2021
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Porto Alegre, 05 de outubro de 2021 – Os problemas climáticos que afetam
as regiões produtoras de cana-de-açúcar estão promovendo a queda da
produção. Em Minas Gerais, a estimativa é de uma safra cerca de 7% menor em
2021, podendo chegar a 65 milhões de toneladas de cana esmagada.

Com a queda, a produção de etanol hidratado está menor e, no acumulado da
safra até 16 de setembro, já caiu 17% frente ao ano passado. Com a menor
oferta e os preços da gasolina em alta, o que também afeta a cotação do
biocombustível, os preços estão cerca de 80% maiores para os produtores.

A alta é considerada importante para a remuneração do setor, que acumula
perdas geradas pela seca, queimadas e em alguns casos com as geadas.

O presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas
Gerais, Mário Campos, explica que 2021 tem sido um ano desafiador para a
produção.

“Depois de 2020 ter registrado recorde de safra, nós tivemos uma seca
muito severa, alguns episódios de geadas e agora o setor lida com incêndios na
zona rural, o que também impacta na atividade. Por isso, a safra será menor.
Em 2020 foram mais de 70 mil toneladas de cana e este ano devemos chegar a 65
milhões de toneladas. Até 16 de setembro, havíamos produzido 53,1 milhões de
toneladas, ante 54,7 milhões de toneladas registradas em igual período de
2020, uma queda de 3%. Acredito que a gente tenha mais três quinzenas de safra,
o que possibilitará o volume de 65 milhões de toneladas”, explicou.

Ainda segundo Campos, com a produção menor de cana-de-açúcar, o setor
tem direcionado os volumes para a fabricação de açúcar, com o objetivo de
atender contratos previamente fechados, e para o etanol anidro, que é
adicionado na gasolina e o setor tem obrigação de manter a oferta. Com a
movimentação, a produção de hidratado está menor.

Os dados do Siamig apontam para uma queda de 17% na produção do
biocombustível no acumulado da safra até 16 de setembro. No mesmo período, a
fabricação de anidro subiu 38%, enquanto a de açúcar caiu 2% e está em 3,5
milhões de toneladas. A fabricação de etanol total está em 2,22 bilhões de
litros, alta de 2%.

“Nós, como produtores, temos a obrigação de ofertar etanol anidro, que
é misturado na gasolina. Então, estamos priorizando esta produção, que no
acumulado da safra está aumentando 38% se comparamos com o mesmo período do
ano passado. Enquanto isso, o hidratado está caindo 17% em função também do
mercado. Há uma migração do hidratado para a gasolina, que está com preços
mais competitivos. A diferença dos preços do etanol hidratado e da gasolina
está ficando menor e o consumidor faz as contas e vê que o etanol perdeu a
competitividade”, explicou.

Preços em alta

Com a oferta menor, os preços do etanol hidratado estão mais altos para os
produtores. O litro, sem impostos, nas usinas, está em torno de R$ 3,30, o que
representa um avanço de 80% frente à cotação registrada em igual período
anterior.

“Os preços do etanol estão sendo remuneradores para os produtores.
Tivemos queda na produção e aumento de custo relacionado à inflação do
Brasil e a preços dos insumos. Acreditamos que o produtor terá um resultado
positivo, mas será muito desigual dependendo do efeito da seca nas diversas
unidades produtoras do Estado”, disse Campos.

Ainda segundo Campos, a situação do etanol hidratado, em 2021, é bem
diferente da dinâmica vista nos anos anteriores, quando o consumo estava
crescente.

Campos ressalta que além do clima, existe o processo de aumento da
gasolina, do petróleo e do dólar. Tudo isso, afeta a relação de consumo.

“Estamos com restrição de oferta de hidratado e gasolina competitiva no
mercado, é uma safra totalmente atípica. Vimos nos últimos anos, durante o
período de safra, o etanol mais competitivo, mas este ano está diferente”.

As informações partem do Diário do Comércio.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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