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CARNE BOVINA: 9a Interconf reforça necessidades e desejos do consumidor

23 de setembro de 2016
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Porto Alegre, 23 de setembro de 2016 – A 9a Interconf – Conferência
Internacional de Pecuaristas, realizada em Goiânia (GO), também abriu espaço
para casos de sucesso envolvendo a cadeia da produção ao desejo do consumidor,
apresentando suas exigências e necessidades em termos de carne bovina (preço,
qualidade e disponibilidade), além de entender a dinâmica do mercado mundial
de carne.

Em três dias, a 9 Interconf reuniu mais de 1.100 participantes –
pecuaristas, empresários, indústrias, técnicos, consultores, estudantes e
representantes de todos os elos da cadeia produtiva da carne bovina, vindos de
todas as regiões do Brasil e também de uma dezena de países. Além disso,
mais de 400 produtores e técnicos participaram do Encontro da Pecuária
Eficiente, evento Pré-Interconf, que teve como tema a fase de cria.

Para Márcio Caparroz, diretor institucional da Assocon, o grande mérito
da Interconf foi discutir temas relevantes, incluindo a visão do consumidor, da
indústria e do varejo, perspectivas de melhoria da produção e conquista de
novos mercados, além de painéis de gestão, aumentando a interação com o
público. “Valorizamos a troca de informações e criamos condições para que
as empresas pudessem se relacionar com os participantes. Todos gostaram dessa
dinâmica. O último dia, apresentando estudos de casos de sucesso também foi
positivo, pois deu espaço para projetos que mostram conquistas importantes”,
destaca Caparroz.

“A união dos vários elos da cadeia da pecuária de corte é o caminho
para a atividade avançar em produtividade, eficiência e gestão, se
fortalecendo no mercado interno e ampliando sua presença no cenário
internacional”, ressalta Alberto Pessina, empossado como o novo presidente do
Conselho de Administração da Assocon (Associação Nacional de Pecuária
Intensiva).

Programação diversificada

Um dos destaques da 9a Interconf foi a apresentação da professora doutora
Marcia Dutra de Barcellos, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS). “Os consumidores evoluíram muito nos últimos anos graças,
especialmente, ao acesso à internet, ao fluxo contínuo de informações
digitais e à maior conectividade entre as pessoas. As exigências por qualidade
são cada vez maiores e a cadeia da carne precisa estar preparada para isso.
Já temos no país sistemas inteligentes de monitoramento da produção e
identificação dos animais e a tendência é que isso chegue às gôndolas”,
reforçou Marcia Barcellos.

A economista Zeina Latif, da XP Investimentos, fez palestra sobre o
cenário econômico. Ela afirmou que “o mercado doméstico é que vai nos
salvar”. Para Zeina, a situação econômica brasileira é tão grave que não
dá para depender do crescimento das exportações para a retomada. “Estamos
falando de um mercado de mais de 200 milhões de consumidores. Porém, não se
pode esquecer que são mais de 12 milhões de desempregados nesse momento. A
recuperação da confiança dos brasileiros é o primeiro passo efetivo para uma
onda positiva na economia”, entende a especialista.

Outro destaque da 9a Interconf foi o painel que tratou da estratégia da
Austrália e o que o país tem a ensinar à cadeia da carne bovina brasileira,
apresentado por Matthew George, diretor Bovine Dinamics Consulting. A Austrália
é o terceiro maior exportador mundial de carne bovina, atrás do Brasil
(líder) e dos Estados Unidos. Além dessa importante presença no comércio
internacional, aquele país tem sua imagem associada à carne de qualidade.
Internamente, faz um excelente trabalho de congregação dos pecuaristas,
indústria e varejo. “Acho que nosso maior mérito é entender as expectativas
dos nossos clientes e nos estruturar internamente para fornecer os produtores
que os importadores desejam”.

Fortalecimento da carne brasileira

Fernando Saltão, CEO da Associação Nacional dos Pecuaristas (Assocon),
fechou a 9 Interconf com um balanço das atividades da entidade, cujo foco é
a valorização da carne brasileira tanto no mercado interno quando no comércio
internacional. Uma das lutas da Assocon é a abertura de mercado. O desafio da
vez é fazer o Brasil participar da Cota 481, da União Europeia.

“Aguardamos para as próximas semanas resposta da UE ao nosso pleito. A
Cota 481 é uma excepcional oportunidade para a carne brasileira, já que
possibilita a exportação de praticamente todos os cortes e partes do boi sem
taxação. A título de comparação, a Cota Hilton exige pagamento de 20% de
taxa para entrada na Europa”, explica o CEO da Assocon. As informações
partem da assessoria de imprensa da Interconf.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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