Porto Alegre, 7 de junho de 2016 – Com a reabertura do mercado ocorrida em
junho do ano passado e uma política de atenção ao seu mercado interno onde
há novos hábitos de consumo, a China se transformou nos últimos 12 meses no
maior cliente para a carne bovina brasileira.
Somando-se a parcela que entra no país por Hong Kong e a que entra
diretamente no continente, as compras chinesas já respondem por 35% das
exportações brasileiras de carne bovina in natura e processada, segundo
informações da Secex do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC), compiladas pela Associação Brasileira de Frigoríficos
(ABRAFRIGO). E este apetite pelo produto brasileiro não para de aumentar: em
março de 2016, por exemplo, as compras chinesas alcançavam a 28% das vendas
totais do país.
“As importações chinesas mais do que compensam as quedas nas vendas
para clientes tradicionais do Brasil como a Rússia e a Venezuela que em 2015
compraram 57% e 41% menos, respectivamente, devido à crise que baixou os
preços do petróleo no mercado internacional. No entanto, temos apenas 16
frigoríficos exportando diretamente para o mercado chinês e a ABRAFRIGO
trabalha forte para ampliar este número porque o governo daquele país
demonstrou sua intenção de elevar o número de fornecedores brasileiros”,
comenta Péricles Salazar, presidente executivo da ABRAFRIGO.
Segundo a ABRAFRIGO, as exportações totais de carne bovina in natura e
processada voltaram a crescer em maio tanto em volume como em receita graças ao
mercado chinês, ao início das aquisições pela Arábia Saudita e compras
elevadas por parte do Egito. No total de in natura e processada, as vendas de
maio foram de 126.301 toneladas (em abril 108 mil toneladas) com receita de US$
490,8 milhões contra 110.257 toneladas e receita de US$ 453,5 em maio de 2015,
elevação de 15% na quantidade e de 8% em valores.
No acumulado do ano, a ABRAFRIGO informa que as exportações brasileiras
atingiram a 588.389 toneladas de janeiro a maio, com receita de US$ 2,23
bilhões. Em 2015, no mesmo período, o acumulado era de 523.595 toneladas e a
receita de US$ 2,21 bilhões, o que significa um crescimento de 12% no volume e
de 1% na receita das exportações em 2016.
Hong Kong com 134.081 toneladas e a China com 71.513 toneladas foram os
maiores compradores do produto brasileiro em 2016, vindo a seguir o Egito com
92.545 toneladas; a Rússia, com 54. 641 toneladas; Irã com 36.649 toneladas e
o Chile, com 27.050 toneladas, de janeiro a maio. Com informações da
assessoria de imprensa da ABRAFRIGO.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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