Porto Alegre, 11 de junho de 2018 – As exportações totais de carne
bovina (in natura e processada) reagiram em maio e voltaram a um patamar
superior a 100 mil toneladas depois do tombo registrado em abril quando
atingiram apenas 85 mil toneladas mesmo sem ainda contar com a Rússia, um dos
maiores clientes do país, e cuja movimentação de produto está embargada
desde dezembro passado.
No mês passado, a comercialização atingiu a 111.502 toneladas e a
receita a US$ 462 milhões contra 113.281 toneladas e receita de US$ 465
milhões em 2017. Com isso, o saldo dos cinco primeiros meses do ano ainda é
positivo: 617.000 toneladas exportadas com receita de US$ 2,39 bilhões,
crescimento de 16% na quantidade e de 13% nos valores em relação a 2017 quando
se movimentou 533.267 toneladas que renderam US$ 2,1 bilhões.
As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos
(Abrafrigo), que que compilou os dados finais de movimentação de maio,
divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC), através da SECEX/DECEX. Segundo a entidade, a greve dos caminhoneiros
teve algum impacto na movimentação da carne bovina no mês passado, mas o mais
importante é que se esperava o reinicio das compras pelo mercado russo, o que
acabou não ocorrendo.
Os chineses, através da importação direta pelo continente e pela
triangulação da movimentação feita por empresas do Hong Kong, continuam
imbatíveis no ranking dos maiores compradores do produto brasileiro: nos cinco
primeiros meses do ano importaram 267.705 toneladas contra 195.743 toneladas no
mesmo período de 2017. Com isso a receita subiu de US$ 768,5 milhões ano
passado para US$ 1,087 bilhão neste ano.
Outros crescimentos importantes foram o do Egito, que já é o segundo
maior cliente do país – de 29.241 toneladas importadas em 2017 foi para 42.334,
com 124% de elevação; e o do Chile, que passou de 21.181 toneladas no ano
passado para 42.334 toneladas neste ano, num aumento de quase 100%. Alta digna
de registro também foi a do Paraguai que, em 2017, importou 1.869 toneladas de
carne bovina brasileira até maio e em 2018 já saltou para 8.718 toneladas (+
366%).
Entre os recuos mais importantes nas importações, depois da Rússia, que
até maio havia adquirido 62 mil toneladas de carne bovina no ano passado e
zerou suas compras em 2018, estão os do Irã (-33,7%), de 43.010 toneladas para
28. 524 toneladas neste ano; e da Arábia Saudita (-39%), de 23.981 para 14.528
no mesmo período analisado. No total, segundo a Abrafrigo, 82 países
aumentaram as suas aquisições enquanto que outros 46 reduziram.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 08/05/2025 09:40