Porto Alegre, 2 de agosto de 2016 – Em cerimônia nesta segunda-feira (1),
no Palácio do Planalto, em Brasília, o presidente da Federação da
Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, que na
ocasião representou a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
(CNA), participou da troca de cartas de reconhecimento de equivalência dos
controles oficiais de carne bovina entre Brasil e Estados Unidos, feito pelo
ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi e pela
embaixadora dos Estados Unidos, Liliana Ayalde.
Na prática, informou o Ministério da Agricultura, com o ato os dois
países passaram a reconhecer formalmente a abertura do mercado norte-americano
para o produto brasileiro. A Faeg comemorou o anúncio feito na última
sexta-feira (29), pelo ministro da Agricultura, da abertura das exportações de
carne bovina in natura para o mercado norte-americano. “O mercado americano
é bastante exigente. Isso mostra que nossa carne está em um padrão
mundial”, destacou o presidente da Faeg, José Mário Schreiner.
Para Schreiner o acordo fortalecerá o setor produtivo brasileiro. “A
indústria se fortalece e o setor produtivo juntamente com a defesa sanitária
que muito faz para garantir a qualidade da carne bovina, espera colher bons
resultados e amenizar as perdas já causadas pela redução do consumo interno,
devido à crise que arrebata o país”, disse.
Negociação
O ministério da Agricultura, Blairo Maggi esteve em Washington para
finalizar os entendimentos e disse que a habilitação dos frigoríficos será
por prelisting, ou seja, o Ministério da Agricultura e o Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos poderão indicar uma lista de estabelecimentos
para exportação e, desses, apenas os que cumprirem todos os requisitos
previstos no acordo serão chancelados pelos serviços oficiais dos dois
países.
Atualmente, os brasileiros vendem apenas carne bovina industrializada para
os EUA. No ano passado, as vendas desse produto para o mercado norte-americano
somaram US$ 286,8 milhões. Com a inclusão da carne in natura, a expectativa é
de um incremento de US$ 900 milhões nessas exportações.
O acordo entre os países resulta de negociação desde 1999 com os Estados
Unidos, que são rigorosos nas exigências sanitárias. Os procedimentos
técnicos para o comércio da carne in natura foram concluídos na quinta-feira
(28), em reunião do Comitê Consultivo Agrícola Brasil-Estados Unidos, em
Washington. As informações partem da Agência Brasil, com informações da
assessoria de imprensa da Faeg.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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