Porto Alegre, 23 de julho de 2018 – Durante fiscalização no interior de
São Paulo, na terça-feira (17), fiscais federais agropecuários encontraram
mais de 60 animais sendo alimentados com cama de aviário, o que é um fator de
risco para o surgimento de casos de Vaca Louca, a Encefalopatia Espongiforme
Bovina. Os animais serão encaminhados para matadouros regidos pelo Serviço de
Inspeção Federal (SIF) para separação do Material de Risco Específico
(MRE). Após a retirada de partes de risco, o SIF vai avaliar a possibilidade de
liberar parte da carne para consumo.
O Brasil é considerado país com risco desprezível de Vaca Louca e esta
é uma das condições para seguir como exportador de proteína animal. “Nós
realizamos, periodicamente, fiscalizações surpresas nas propriedades rurais
para garantir que o país siga livre da Encefalopatia Espongiforme, vulgarmente
conhecida como mal da Vaca Louca.
Seria desastroso para a economia se surgisse um foco da doença”, explica
Jean G. F. Joaquim, auditor fiscal federal agropecuário responsável pela
equipe que realizou a fiscalização desta terça-feira. A ação contou com o
apoio da Policia Ambiental e da Secretaria de Agricultura do Estado de São
Paulo.
A Vaca Louca pode atacar o sistema nervoso central dos animais, levando a
paralisia, e é transmissível ao ser humano. Uma das formas de contaminação
entre os animais é o canibalismo, que é o consumo de carne da mesma espécie.
A cama de aviário é um subproduto da criação de aves. Ela é composta pelos
restos de comida e fezes destes animais que se alimentam de ração feita à
base de carne bovina e suína. Quando o produtor, por medida de economia,
alimenta o gado com este material, produz o canibalismo, pois os bovinos passam
a ingerir proteínas deles mesmos, que estão nos restos de alimentos e nas
fezes das aves.
A legislação determina que animal que se alimenta da cama de aviário
seja apreendido e destinado ao abate em matadouros frigoríficos com SIF porque
eles têm equipes técnicas treinadas e instruídas para acompanhar a retirada e
destruição dos MREs. Depois de retirado o material, a equipe avalia se o
restante da carne do animal abatido está apto ao consumo humano. As
informações partem da assessoria de imprensa do Sindicato Nacional dos
Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical).
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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