Porto Alegre, 10 de maio de 2018 – A proposta do setor produtivo para um
novo sistema nacional de classificação e tipificação de carcaças bovinas
foi o tema central da reunião da Comissão Nacional da Bovinocultura de Corte
da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), durante a 84
Expozebu, em Uberaba (MG).
O modelo proposto é fruto do trabalho do grupo de discussão composto pela
Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon) Associação Brasileira
de Angus (ABA), Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB),
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação
Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) e Associação Brasileira das
Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), com apoio de duas instituições de
reconhecida competência: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP),
representada pelo prof. Sérgio Pflanzer, e Universidade de São Paulo (USP),
com a profa. Angélica Pereira.
O objetivo é criar um padrão único, auditável, para a classificação
das carcaças bovinas feita nas diversas unidades frigoríficas do país. “A
partir dessa informação confiável, teremos condições de conhecer melhor o
perfil da carcaça produzida no Brasil e traçar caminhos para melhorar a
produção de carne bovina como um todo”, explica Alberto Pessina, presidente
do Conselho de Administração da Assocon. A proposta é que o sistema de
classificação e tipificação de carcaças tenha gestão compartilhada entre o
produtor e a indústria.
O presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), Dr.
Nabih Amin El Aouar, explica que a principal vantagem de ter regras claras e
padronizadas para a classificação e a tipificação da carcaças é a
criação de uniformidade com as indústrias que aderirem ao projeto. “Um
sistema claro e confiável possibilita nova oportunidade de referência para
remuneração dos pecuaristas, além de ser uma importante ferramenta para
organização da cadeia produtiva da carne bovina”, informa Dr. Nabih.
De acordo com Fábio Medeiros, gerente do Programa Carne Angus Certificada,
da Associação Brasileira de Angus, os principais ganhos desse processo que
está se estruturando é a padronização de critérios e o aumento da
transparência no processo de classificação e tipificação de carcaças no
Brasil. “É uma das primeiras construções de consenso entre os elos da
cadeia produtiva, podendo se tornar a porta de entrada para muitas outras
construções coletivas. De um lado, temos as indústrias, e do outro, os
produtores. Nesse processo, todos estão trabalhando juntos, buscando soluções
para os gargalos do setor por meio de diálogos, resultando em propostas que
beneficiem toda a cadeia produtiva”, ressalta Medeiros.
A proposta prevê a adesão voluntária dos frigoríficos ao sistema,
porém, uma vez aderidos os frigoríficos participantes deverão submeter à
classificação 100% do abate. Além disso, a adesão ao novo sistema de
classificação e tipificação de carcaças bovinas será pré-requisito para a
normatização dos termos relacionados à atributos de qualidade utilizados na
rotulagem de cortes bovinos.
A iniciativa proposta pelas entidades, já aprovada pela Câmara Setorial
da Cadeia Produtiva de Carne Bovina em última reunião realizada no início do
mês de abril, irá agora ser submetida à análise do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). As informações partem da
assessoria de imprensa da ACNB.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2018 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 16/05/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.835,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.250,00Milho Saca
R$ 71,00Preço base - Integração
Atualizado em: 15/05/2025 09:30