CARNE BOVINA: Sociedade Rural Argentina espera queda na produção em 2023

Porto Alegre, 28 de dezembro de 2022 – A Comissão de Carnes da Sociedade Rural Argentina (SRA)
espera que em 2023 o gado local apresente uma queda na produção e distorções nos preços. O
cenário reivindicaria a unificação da taxa de câmbio, o levantamento dos estoques de
exportação dos 7 tribunais populares e a eliminação dos impostos de exportação.

A Companhia analisou que neste ano as fazendas recuperaram seus preços, que haviam caído em
relação à inflação, afetando a atividade por conta da desaceleração da economia dos
principais países compradores. O cenário ocorreu devido à deterioração de condições internas
(inflação, taxas de câmbio e juros), intervenções que distorceram o mercado, e a seca
histórica que levou produtores a se desfazerem de parte de seus animais, aumentando em 5% a oferta
de carne bovina.

Desta forma, foi solicitado também que os produtores afetados pela seca tenham a prorrogação
ou adiamento de impostos provinciais e nacionais, acesso ao crédito e possibilidade de usufruir do
benefício das vendas forçadas que aliviariam a sua carga fiscal.

Em seguida, solicitaram que as antecipações do Imposto de Renda fossem ordenadas e tivessem
linhas de financiamento específicas para a atividade, a fim de poderem fazer frente aos maiores
custos gerados pelas condições climáticas adversas. “Hoje, muitos produtores não têm acesso ao
crédito e, em alguns casos, têm taxas até 20% mais altas, devido às regulamentações do BCRA”,
alertou a Sociedade.

A SRA considera necessário o aumento de insumos para alimentação animal, recomposição de
pastagens e retenção de fêmeas para recuperação de estoques. Por fim, concluem que deve haver
uma menor oferta de carne nos próximos dois anos, devido a uma diminuição significativa no
número de barrigas de prenhes e a baixa disponibilidade de bezerros para desmame em 2024. As
informações são da Agência CMA Latam.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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