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CARNE BOVINA:Confinamento é alternativa para engorda na seca no Norte de MG

4 de fevereiro de 2015
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Porto Alegre, 4 de fevereiro de 2015 – A implantação de grandes
estruturas de confinamento para engorda de bovinos está mudando a realidade da
pecuária do Norte de Minas. Nos últimos anos, cinco empreendimentos desta
modalidade foram instalados na região. Estes locais são uma alternativa para
aqueles pecuaristas que não têm condições de engordar os animais na própria
propriedade por falta de pasto, principalmente no período da seca.

“O pecuarista da região fica muito vulnerável em relação ao mercado e
às condições climáticas. Com isso, ele corre o risco de não conseguir
engordar o boi na propriedade e ter que vender o animal abaixo do peso ideal por
um preço muito baixo. Com a existência destas estruturas de confinamento, o
produtor passa ter a garantia de engordar o animal para o abate”, explica o
coordenador estadual de Bovinocultura da Emater-MG, José Alberto de Ávila
Pires.

As estruturas de confinamento do Norte de Minas estão instaladas nos
municípios de Pirapora, Buritizeiro, Itacarambi, São João do Ponte e
Janaúba. Em média, cada uma delas tem a capacidade para manter cerca de 10 mil
animais em regime de engorda ao mesmo tempo. Os confinamentos, geralmente,
oferecem três opções ao produtor. A primeira é a venda do animal – com dois
anos de idade e cerca de 14 arrobas – para ser engordado pelo confinador, que
depois negocia o boi gordo diretamente com o frigorífico.

Outra modalidade é o sistema de “boitel”, uma referência a “hotel do
boi”. Uma prática adotada em vários países para a engorda de bovinos em
confinamento na forma de prestação de serviço. O produtor paga uma diária
para cada animal confinado. Ao final do período de engorda, o pecuarista
proprietário dos animais se encarrega de comercializar o boi gordo para o
frigorífico de sua escolha.

Existe ainda a opção de parceria entre o dono dos animais e o confinador,
que recebe bois magros para engorda. Na hora da venda para o frigorífico, a
negociação pode ser feita entre as três partes. Neste sistema de parceria, o
produtor lucra com a valorização da arroba do boi após a engorda.

O confinamento

Geralmente os animais ficam cerca de 100 dias confinados e ganham cinco
arrobas neste período. Com o peso de 19 arrobas eles já estão prontos para o
abate. Os confinamentos do Norte de Minas têm condições de fazer o trabalho
de engorda durante todo o ano. Os animais recebem ração balanceada, volumoso e
ração concentrada, misturas de minerais, e vitaminas. Eles também passam por
um controle para garantir a sanidade.

“O produtor não precisa mais vender os animais para outras partes de
Minas Gerais e até para outros estados. Ele pode fazer a terminação dos
animais na própria região. Isso ajuda também a recuperar a pecuária de corte
no Norte de Minas, desde a atividade de produção de bezerros de corte até o
abate, gerando empregos e atraindo novos investimentos”, comenta José Alberto.

Frigorífico em Janaúba

Outro incentivo para os produtores investirem na engorda de animais na
região foi a reabertura do frigorífico de Janaúba, pelo grupo Minerva, em
setembro do ano passado. O Minerva possui unidades espalhadas pelo país e
também no exterior. O grupo exporta para mais de 100 países. A unidade de
Janaúba tem capacidade de abate de até 900 animais/dia e potencial para gerar
mil empregos diretos.

“Sem um frigorífico de grande porte na região, os animais tinham que
viajar cerca de 600 quilômetros para serem abatidos em outra localidade. Agora
os produtores já contam com um local para abate na região, que vai abastecer
os mercados interno e externo. Mas, para isso, é preciso ter matéria-prima, ou
seja, o boi gordo produzido no Norte de Minas”, explica o coordenador da
Emater-MG. A região do Norte de Minas conta com um rebanho bovino de
aproximadamente 5 milhões de cabeças.

Encontro sobre confinamento

No dia 12 de fevereiro, será promovido um encontro técnico em
Janaúba, Norte de Minas, para discutir a prática do confinamento na região,
dentro destes sistemas de parceria. O evento, que conta com o apoio da
Emater-MG, será promovido pelo grupo Minerva e a Agropeva, uma das empresas
confinadoras da região. O encontro vai ser no Hotel Gorutuba, a partir das
9h30. Informações pelo telefone (31) 3349-8116. As informações partem da
assessoria de imprensa da Emater-MG.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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