Porto Alegre, 29 de outubro de 2014 – As cooperativas do Oeste do Paraná
que atuam na avicultura são exemplo em planejamento estratégico. Além do
domínio completo da cadeia produtiva, o quarteto que forma a Cotriguaçu
(Coopavel, C. Vale, Lar e Copacol) possui um terminal ferroviário de uso
coletivo. Os esforços conjuntos para melhorar a logística de transporte se
iniciaram em 2012 e, atualmente, 800 containers por mês deixam Cascavel em
direção ao porto de Paranaguá. A meta é atingir 2 mil envios por mês nos
próximos anos.
A projeção de crescimento foi constatada pela Expedição Avicultura,
projeto que faz levantamento técnico-jornalístico sobre a produção avícola
nacional, com visitas nos estados do Paraná e de Santa Catarina. Ao longo da
última semana, a equipe visitou as Cooperativas Copagril em Marechal Cândido
Rondon, Copacol em Cafelândia, Coopavel em Cascavel, C. Vale em Palotina e Lar
em Santa Helena.
A vantagem logística existe desde 2013, ano em que a Cotriguaçu inaugurou
o terminal ferroviário ligado à Ferroeste na cidade de Cascavel. Com
capacidade de embarque próprio e direto, as cooperativas associadas conseguem
economia de R$ 1,4 mil reais por tonelada transportada até o porto de
Paranaguá.
O transporte por trem é mais lento e exige planejamento. De caminhão,
cada tonelada de carne de frango custa R$ 3,8 mil para ser transportada. Pelos
trilhos, o preço por tonelada cai para R$ 2,4 mil. A estação ainda não opera
em capacidade máxima, podendo aumentar a quantidade de containers para até 2
mil/mês- meta para os próximos anos.
Otimismo
A projeção confiante também está focada na capacidade de transformar
grãos próprios em ração animal, o que, aliada à logística, contribui ainda
mais para a redução do custo produtivo. Segundo o presidente da Coopavel,
Dilvo Grolli, as cooperativas têm capacidade para ganhar mercado e ir além dos
15% do total nacional que controla até o momento.
“Temos uma vocação natural de crescimento porque possuímos grãos e
produtores que podem ingressar na atividade”. No Oeste do Paraná, a avicultura
é vista pelos associados como forma de complementar a renda e diversificar o
cultivo nas propriedades. O produtor da Coopavel, Leomar Casarolli, começou a
criar frangos há dez anos.
Quando financiou o primeiro aviário, usava a soja que plantava para pagar
o investimento e o adubo gerado pelas fezes do frango para aumentar a
produtividade na lavoura. “Hoje tenho quatro aviários e consigo alojar até 85
mil frangos”, contou. Em sua avaliação, ser cooperado facilitou a
negociação de preços da ração e do próprio frango. “E sou sócio, dou
opinião e ainda posso ter lucro no final do ano”.
Roteiro
Na estrada desde o início de outubro, a Expedição Avicultura já
percorreu mais de 3,5 mil quilômetros. O roteiro começou pelos Campos Gerais e
seguiu para o Norte do Paraná, onde a equipe de técnicos e jornalistas
constatou que as indústrias independentes trabalham com cautela apesar do
crescimento do setor. O próximo roteiro contempla as cidades do Sudoeste do
Paraná e do Oeste de Santa Catarina. As informações partem da assessoria de
imprensa da Expedição Avicultura.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50