Porto Alegre, 17 de maio de 2017 – Numa decisão histórica, o Conselho
Internacional de Avicultura (IPC, sigla em inglês), adotou uma posição
global, pelo uso responsável e eficaz de antimicrobianos na produção avícola
mundial. A decisão pelo alinhamento entre os países associados à
organização – que reúne 84% da produção avícola mundial – ocorreu
durante encontro realizado no fim de abril, em Cartagena, na Colômbia.
O documento estabelece um caminho baseado em informações científicas que
possa ser seguido pelas indústrias e que resguarda a eficácia do uso de
antimicrobianos ao mesmo tempo que trata sobre resistência a antimicrobianos,
bem-estar animal, segurança do alimento e preocupações dos consumidores.
“O IPC reconhece que a resistência antimicrobiana é uma preocupação
global e que a indústria avícola deve adotar práticas que reduzam o uso de
antimicrobianos para os quais a resistência possa se mostrar um risco
global”, disse o presidente do IPC, Jim Sumner. “Nós também devemos educar
o público sobre essas questões”.
A Secretária Geral do IPC, Marilia Rangel Campos, disse que o documento
encoraja o setor avícola mundial a ser pró-ativo em seu engajamento com
stakeholders e a “implementar práticas que avancem nos objetivos de “One
Health” que possibilitem termos pessoas, animais e meio-ambiente
saudáveis”.
Os membros do IPC iniciaram as discussões sobre o documento em Portugal,
durante a conferência do segundo semestre, e finalizaram os trabalhos em
Cartagena, Colômbia, em abril desse ano.
“Uso responsável de antimicrobianos é essencial”, disse Ricardo
Santin, Vice-presidente do IPC e Vice-presidente da ABPA. “Como setor, devemos
entender e controlar por que e quando utilizamos antimicrobianos, quais estão
sendo usados, quanto se usa, e sermos transparentes na comunicação de nossas
ações.”
Santin disse que a indústria deve estabelecer prioridades para o uso de
antimicrobianos para conseguir um equilíbrio entre reduzir a necessidade de
utilizar esses medicamentos e prover o melhor tratamento possível aos animais.
O IPC também reconhece a obrigação ética de produtores e seus
veterinários de proteger a saúde e bem-estar das aves sob seus cuidados, o que
pode incluir o uso de responsável de antimicrobianos. Eles enfatizaram que a
cadeia avícola global tem a responsabilidade de assegurar a minimização da
possível contribuição da indústria ao desenvolvimento de resistência
antimicrobiana.
“Nós discutimos e recomendamos fortemente que todos os antimicrobianos
só sejam utilizados se tiverem autorização dos órgãos reguladores
nacionais, e que aqueles antimicrobianos que tem importância crítica para a
medicina humana só sejam utilizados para fins terapêutico e sob supervisão e
diagnóstico de um médico veterinário”, disse Prasert Anuchiracheeva, da
Associação Tailandesa de Avicultura.
“Nós não temos todas as respostas sobre como e se o uso de
antimicrobianos na produção animal contribui para o desenvolvimento de
resistência”, disse Paul Lopez, presidente da avec, associação europeia de
avicultura. “Mas nós sabemos que o IPC tem um papel central na compreensão e
mitigação do impacto do setor avícola. Os membros do IPC têm o dever de
produzir produtos seguros e nutritivos, e dentro dessa premissa, está a
manutenção de aves saudáveis e bem tratadas.”
Sumner disse que o IPC e seus associados vão se engajar ativamente com
organizações intergovernamentais, governos, e stakeholders para ajudar a
construir uma política pública que trate do tema da resistência
antimicrobiana.
“Nós queremos trabalhar com a Organização Mundial de Saúde Animal
(OIE), Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO),
Organização Mundial de Saúde (OMS) e Codex Alimentarius para garantir que o
tema seja discutido coletivamente e para que possamos fazer uso de
antimicrobianos de maneira responsável e somente quando necessário”, disse.
Com informações da assessoria de imprensa da ABPA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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