Porto Alegre, 27 de julho de 2016 – Em acordo às orientações da
Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Mundial de Saúde
Animal (OIE), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
restringiu o uso de alguns antibióticos na criação de animais.
Segundo as entidades, a utilização desses compostos apresenta risco de
proliferação de bactérias resistentes que são prejudiciais à saúde humana
e animal. Como alternativa, alguns suinocultores estão optando pela aplicação
de aditivos naturais destinados ao controle da flora intestinal do animal, o
que pode favorecer o sistema imunológico e prevenir a proliferação de
doenças.
O principal desafio sanitário no manejo das granjas está no período de
creche, até 70 dias após o nascimento do leitão, e na fase de engorda, etapas
que há um maior impacto dos transtornos intestinais para a espécie. Uma
diarreia causada por E. coli e Salmonella nessas fases, por exemplo, pode
prejudicar o desenvolvimento do animal, aumentar a conversão alimentar e a
mortalidade, prejudicando principalmente o resultado econômico da propriedade.
Entre os métodos possíveis para atender a nova determinação, mantendo
os índices zootécnicos e a viabilidade do negócio, está a aplicação de
aditivos naturais que atuam na melhora da saúde gastrointestinal. “A
solução se liga às bactérias patogênicas como E. coli e Salmonella,
evitando a ação desses agentes no intestino do animal e prevenindo diarreias.
Dessa forma, ao melhorar o estado sanitário, assegura uma maior absorção de
nutrientes e um incremento no ganho de peso do animal sem aumentar a conversão
alimentar”, explica a coordenadora de vendas de suínos para Alltech, Sarah
Antunes.
Demanda global
Uma pesquisa recente da Alltech constatou que 47 países já têm ou estão
em processo de implantação de políticas que visam restringir o uso de
antibióticos em dietas animais. Há expectativas no mercado de que em 2021
existirá uma proibição mundial quanto à utilização de antibióticos. Em
países como Dinamarca, Finlândia, Noruega, Suécia, Holanda, Canadá e o Reino
Unido já existem programas de monitoramento focados em como reduzir níveis
desses compostos. Em janeiro de 2017, os Estados Unidos pretendem implementar o
Veterinarian Feed Directive, com objetivo de acabar com a venda indiscriminada
de antibióticos para nutrição e exigir prescrições veterinárias para tal.
Os veterinários vão ter que confirmar que o animal está doente e receitar
especificamente para aquele animal.
Essas tendências mundiais estão sendo seguidas inclusive por grandes
produtores e fornecedores mundiais de carne bovina, suína e de aves que já
estão considerando trabalhar sem a aplicação de antibióticos e tem
constatado que é possível alcançar resultados similares de desempenho sem o
uso desse recurso. “As empresas começaram a se adaptar a retirada dos
antibióticos e reaprender a produzir sem eles. Num primeiro momento, os custos
de produção podem até aumentar, mas o mercado é desenvolvido e tecnificado o
suficiente para vencer esses desafios. No mercado brasileiro, muitos produtores
já tinham previsto esta decisão e já possuem alternativas, agora é pô-las
em prática, e o esforço precisa ser conjunto”, avalia o gerente de negócios
da Alltech, Sérgio Alves. As informações partem da assessoria de imprensa da
Alltech.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 08/05/2025 09:40