Porto Alegre, 25 de fevereiro de 2016 – Falta pouco para que Minas Gerais
receba o certificado de área livre da Peste Suína Clássica (PSC). Nos
primeiros dias de fevereiro, a comissão científica da Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE) aceitou o pedido feito pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) para que Minas Gerais e outros 13 estados
brasileiros recebam o reconhecimento internacional. O referendo final da OIE
está previsto para ser emitido em maio. A consequente entrega do certificado
pode resultar na ampliação dos embarques externos de carne suína e a
conquista de novos mercados.
Desde 2001, Minas é, nacionalmente, certificada como livre de PSC pelo
Mapa e figura como um dos principais exportadores nacionais. De acordo com o
Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), em 2014, o estado foi responsável
pelo embarque de 42 mil toneladas de carne suína, com receita bruta de U$ 156,
8 milhões, tendo a Rússia como principal comprador. Com o reconhecimento
internacional, novos caminhos se abrem para o Estado, possibilitando vendas do
produto para mercados como a União Europeia (que exige o certificado).
A coordenadora do Programa de Sanidade Suídea do IMA, Júnia Mafra,
reitera a importância desta certificação. “Respalda o status sanitário
conquisto de livre de PSC para manter mercados e conquistar novos, não sendo
assim uma barreira sanitária durante negociações. Importante para Minas, que
é o quarto maior produtor de suínos e destaque na exportação de animais
vivos, além de segurança alimentar para o consumidor final”, acrescentou
Júnia.
A exemplo de Minas Gerais, podem receber o certificado os estados do Acre,
Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de
Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.
Também estão nessa lista os municípios de Guajará, Boca do Acre, sul do
município de Canutama e sudoeste do município de Lábrea, todos eles no
Amazonas. Os estados de Rio Grande do Sul e Santa Catarina já possuem o
certificado internacional como zona livre de peste suína clássica desde maio
do ano passado.
Conforme o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal
(ABPA), Francisco Turra, a aprovação do reconhecimento consolida a
suinocultura do Brasil em novos patamares. “Esta conquista deverá ampliar
ainda mais nossa capacidade competitiva no mercado internacional. Nosso status
sanitário tem sido um diferencial primordial para a expansão das
exportações”, destaca Turra, em nota divulgada pela associação.
Para solicitar este reconhecimento foram adotadas uma série de
procedimentos provando o funcionamento correto do sistema de vigilância da
doença. Inicialmente, cada estado passa por auditoria do Mapa para, depois, ser
indicado ao órgão internacional. O pleito é avaliado por um Comitê
Científico e, finalmente, pela Assembleia Geral da OIE.
O que é a PSC?
A peste suína clássica ou febre suína e cólera dos porcos, é uma
doença causada por vírus, altamente contagiosa, que atinge porcos ou javalis.
Provoca febre alta, manchas vermelhas pelo corpo do animal, dificuldades
respiratórias e pode levar à morte. A transmissão pode ser por alimentos ou
água contaminada ou qualquer tipo de contato com animais infectados. A doença
é detectada através de exames laboratoriais. As informações partem da
assessoria de imprensa da Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga
(Assuvap).
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 07/11/2024 17:50