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CARNE SUINA: Exportação tem bom resultado no 1o semestre, avalia ABCS

17 de julho de 2017
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Porto Alegre, 17 de julho de 2017 – Apesar de toda a insegurança gerada
após a deflagração de operação da Polícia Federal em março, colocando em
xeque a qualidade da carne produzida no país, as exportações de carne suína
in natura mantiveram o bom desempenho obtido em 2016 e atingiram 294 mil
toneladas no 1o semestre de 2017.

De acordo com dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (MDIC) o resultado é apenas 2,3% inferior as exportações
do primeiro semestre de 2016 – melhor marca já atingida pelo país.

Destaca-se também o crescimento na arrecadação com as exportações de
carne suína in natura, atualmente mais valorizada no mercado internacional.
Segundo os dados do MDIC, no 1 semestre de 2017 o valor exportado foi de
U$598,6 milhões, valor 29,9% superior aos U$460,6 milhões exportados no mesmo
período de 2016.

A média das exportações de carne suína in natura dos últimos 3
semestres é de 307 mil toneladas, resultado expressivo que tem contribuído
para desafogar o mercado interno que já sofria com o aumento do desemprego e
queda na renda e agora deverá ter uma concorrência mais forte da carne bovina
que está desvalorizada.

O diretor executivo da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos
(ABCS), Nilo de Sá, explica que um dos principais fatores que contribuíram
para a sustentação do preço do suíno vivo em 2016 e nos primeiros meses de
2017 foi o resultado das vendas de carne suína in natura para o mercado
exterior. “Com exportações elevadas há uma menor disponibilidade interna,
reduzindo a oferta e consequentemente criando uma tendência de alta no preço
do suíno vivo”.

Mercado Interno

O preço médio do suíno vivo de janeiro a maio de 2017, em São Paulo foi
27,7% superior ao observado no mesmo período do ano anterior. As exportações
no final de 2016 e início de 2017 fizeram com que o preço tivesse um
comportamento inverso ao usual, subindo no começo do ano e surpreendentemente
em fevereiro chegou a superar – pela 2 vez na história – os R$ 5,00/kg.

De acordo com o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, os preços mantiveram-se
firmes e superiores aos praticados em 2016 até junho, quando foram
influenciados por 2 meses de queda nas exportações (abril e maio) e cederam
consistentemente. Em julho, o preço praticado em São Paulo foi 15% inferior à
média anual e 9% menor que junho/16.

“Historicamente o mercado interno no 2o semestre tende a ser melhor,
motivado por um maior volume exportado e maior consumo interno. Julho inicia-se
com registros de aumento de preços, mostrando que a tendência deve se repetir
em 2017”, comenta Lopes.

Com a baixa do preço do milho, comparado a 2016, a relação de troca
suíno: milho vem se mantendo superior a 1:8, mesmo com a recente redução do
preço do suíno. Os custos de produção irão se manter em patamares normais
durante 2017 e tendem a ser estáveis em 2018, quando iniciar o ano com mais de
20 milhões de toneladas de milho de estoque de passagem. Segundo o presidente
da ABCS, 2017 vem se confirmando com um período de recuperação, após a forte
e súbita crise de 2016. As informações partem da assessoria de imprensa da
ABCS.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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