Porto Alegre, 9 de outubro de 2018 – A detecção da Peste Suína Clássica
(PSC) no estado do Ceará no último sábado (6) tem gerado apreensão na
suinocultura nacional.
Conhecido pela qualidade da sua produção e a segurança do rebanho de
suínos, o Brasil se manifestou por meio do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) nesta segunda-feira (8), via nota técnica
expedida pelo diretor do Departamento de Saúde Animal, Guilherme Marques, sobre
a adoção de medidas necessárias para o controle da enfermidade e reforçou o
compromisso da pasta nas ações de vigilância conforme a IN 25/2016 em que
proíbe o trânsito de suínos, produtos e subprodutos entre a zona livre e zona
não livre.
O foco de PSC foi confirmado no município de Forquilha, no Estado do
Ceará, em uma propriedade de criação familiar de subsistência sem vínculos
com estabelecimentos comerciais ou de reprodução de suínos. O Mapa reiterou
que o Estado faz parte da zona não livre de PSC, mas reforçou que o governo
brasileiro tem intensificado sua atuação para criar condições adequadas para
a erradicação da Peste Suína Clássica em todo o território nacional.
A nota também esclarece que desde a identificação do foco, a propriedade
foi interditada com suspensão total de qualquer movimentação de animais e
produtos. Também foram adotados procedimentos para eliminação da doença, com
sacrifício e destruição de suínos, e investigação epidemiológica para as
propriedades situadas no raio de 10 km em torno do foco e todas as áreas que
possuírem algum vínculo epidemiológico.
O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS),
Marcelo Lopes, afirma que a doença foi identificada em uma zona não livre com
uma distância considerável dos 16 estados e Distrito Federal que atualmente
compõem a zona livre e que por isso não há motivo para pânico. “Não há
risco ou interferência nas exportações ou no mercado interno. Confiamos no
trabalho do Mapa, que já está adotando os procedimentos necessários para a
eliminação do foco”, explica.
Marcelo aproveita a oportunidade para chamar os produtores e toda a cadeia
suinícola que atua na zona livre de PSC para apoiar a pasta no desafiador
trabalho de tornar o Brasil um país completamente livre da doença.
“Precisamos unir forças e contribuir para mais esta conquista do nosso setor.
Isso nos resultará em novos mercados e de tornar o país completamente livre da
PSC”.
PSC no Brasil
A Peste Suína Clássica, também conhecida como cólera suína é uma
doença viral contagiosa que afeta suínos domésticos e selvagens. O Brasil
não tem ocorrência de PSC na zona livre desde 1998, ou seja, há mais de 20
anos.
Desde 2016, o país segue a Instrução Normativa 25, de 19 de julho, que
impõe restrições necessárias que são adotadas e averiguadas através de
controles e medidas de mitigação de risco realizadas pelos postos fixos de
equipes móveis de fiscalização estrategicamente localizados nos limites
estabelecidos entre as zonas livre e não livre, além das barreiras naturais e
perenes existentes, como rios, cordilheiras e matas. As informações partem da
assessoria de imprensa da ABCS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2018 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 30/04/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.836,67Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 72,23Preço base - Integração
Atualizado em: 06/05/2025 09:25