Suinocultura

Carne suína não é a vilã da mesa

5 de outubro de 2017
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Você é daqueles que pensa duas vezes antes de consumir carne suína? Saiba que não há motivos para isso. A carne mais consumida no mundo esbarra em mitos que, muitas vezes, impedem que ela chegue à mesa. De acordo com especialistas e profissionais da área, o alimento é nutritivo e sem gordura em excesso.

A nutricionista Thaliane Dias ressalta que os ganhos nutricionais da carne suína são grandes. “A proteína suína possui valor nutricional relevante, mesmo em pequenas quantidades. É fonte de fósforo, potássio, riboflavina, niacina, vitaminas do complexo B e tem ainda em sua composição ferro de alta biodisponibilidade”, enfatiza.

Evoluções nas práticas de produção animal e aprimoramento genético mudaram o perfil do produto nos últimos anos. Hoje, tem cerca de 60% de carne magra, índice que chegou a 45% na década de 60. “A inserção da ração controlada e proveniente de milho, soja, vitaminas e, em algumas situações, até fortificada com ácidos graxos polinsaturados, foi a estratégia encontrada para obter um produto saudável e atrativo. Essas práticas, aliadas a procedimentos modernos de controle sanitário do animal foram implementadas na indústria de carne suína durante os últimos 60 anos e mais expressivamente nas últimas duas décadas resultaram em aumento da disponibilidade de cortes mais magros de carne suína”, enfatiza Thaliane.

Outro fator que inibe o consumidor na hora da compra é o medo de contrair doenças ao ingerir o alimento. Entretanto, o diretor executivo da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), e médico veterinário, Nilo de Sá, garante que não é possível desenvolver a temida cisticercose por meio do produto.

“É simplesmente impossível contrair cisticercose através do consumo de carne suína, ou qualquer outra carne, crua ou malpassada. A cisticercose é contraída através da ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos do verme Tênia (solitária), que são eliminados nas fezes humanas. Quem (o ser humano, o bovino ou o suíno) consumir os ovos da Tênia irá desenvolver no seu corpo a larva, que é o cisticerco. Assim, a cisticercose é uma doença transmitida do homem para outro homem, para o bovino ou para o suíno. Agora, caso o homem consuma a carne malpassada que contenha cisticercos (larvas) ele irá desenvolver a forma adulta do verme, que é a solitária (neste caso chamamos a doença de teníase). A cisticercose pode ser grave, já a teníase não oferece maiores riscos e é facilmente tratável. Importante salientar que devido a forma que os suínos são criados hoje (confinados, recebendo ração e água tratada) é praticamente impossível que ele seja contaminado pelo homem”.

Qualidade – A dica é sempre comprar produtos que tenham selo de inspeção federal, estadual ou municipal. Isso significa que os animais e os produtos receberam inspeção de um médico veterinário vinculado ao serviço oficial durante o processo de fabricação, portanto, não oferece risco à saúde humana. A fiscalização é regida por normativas do Ministério da Agricultura.

Nilo de Sá informa ainda que na última década a produção brasileira cresceu cerca de 25%, chegando a 3,7 milhões de toneladas de carne suína. O Brasil exporta para regiões como a Rússia, Hong Kong e China. E para estimular ainda mais o consumo, a ABCS criou a Semana Nacional da Carne Suína (SNCS), conhecida como a maior vitrine da proteína no varejo nacional.

No Espírito Santo o setor é responsável pela geração de 4 mil empregos diretos e movimenta R$ 150 milhões por ano. Ao todo, são 32 produtores e 8 abatedouros com inspeção estadual e municipal. “A exemplo de outros Estados, o Espírito Santo dispõe de uma suinocultura altamente tecnificada, que atende a rigorosos padrões exigidos pelos órgãos oficiais, atenta à questões como o bem-estar animal e adaptada às exigências dos consumidores”, relata Nélio Hand, diretor executivo da Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES).

OPINIÃO

“A carne suína, além de ser muito saborosa, é rica em nutrientes, sendo apontada por nutricionistas como boa fonte de vitaminas e proteínas de alta qualidade.”

José Carlos Correa Cardoso – Diretor Presidente da Cofril

 

“O setor de carnes suína no Espírito Santo é um dos mais competitivos do país, haja vista que sua principal matéria-prima, o milho, vem de outros Estados e até outros países, não deixando espaço para amadorismo. E mesmo assim, com custos elevados, produzimos com uso de tecnologia carne saudável, versátil para as mais diversas ocasiões, com competitividade, aliada a uma indústria séria, comprometida com a qualidade, transferindo toda essa segurança aos capixabas.”

Marcelo Mosquini – Diretor do Frigorífico Mosquini

 

“A carne suína é produzida com um controle rígido de qualidade. O objetivo do Frigorífico Zucoloto é levar o melhor produto para os consumidores.”

Renato P. Lopes – Gerente do Frigorífico Zucoloto

 

Quer mais informações: acesse o site www.maiscarnesuina.com.br

Cotação semanal

Dados referentes a semana 05/07/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 7,25

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 2.170,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.300,00

Milho Saca

R$ 64,00
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Preço base - Integração

Atualizado em: 05/07/2024 14:00

AURORA* - base suíno gordo

R$ 5,55

AURORA* - base suíno leitão

R$ 5,65

Cooperativa Majestade*

R$ 5,55

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 5,50

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 5,65

Alibem - base creche e term.

R$ 4,70

Alibem - base suíno leitão

R$ 5,55

BRF

R$ 5,35

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 4,52

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 5,60

JBS

R$ 5,30

Pamplona* base term.

R$ 5,55

Pamplona* base suíno leitão

R$ 5,65
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

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