Porto Alegre, 16 de janeiro de 2023 – O spread da suinocultura continuou negativo em dezembro,
com o prejuízo da atividade estimado em R$ 106 por cabeça, embora tenha ocorrido alta de 3,4% nos
preços do animal vivo no mês. Apesar do preço insuficiente na média mensal, o animal alcançou
os R$ 8 por quilo no final do mês, empatando com o custo da atividade para os animais vendidos
naquela ocasião. Entretanto, passado o final de ano o animal e a carne vêm perdendo sustentação,
diante da redução da demanda, comum do período
Após quase dois anos completos com o resultado da suinocultura no vermelho, seria de se esperar
um ajuste para menor na oferta abrindo espaço para um avanço um pouco maior dos preços, algo que
ainda não se observa. A absorção doméstica de carne suína cresceu próximo de 15% nos últimos
dois anos, diante de um aumento significativo da produção, estimulado, a partir de 2019, pelo
forte crescimento das importações chinesas dadas as perdas pela Peste Suína Africana, com
consequente escalada dos preços globais
Por outro lado, o bom ritmo de exportações evitou um excedente ainda maior no mercado interno.
Apesar de um pequeno recuo (1,5%) do total exportado em 2022, a quantidade de 1,1 milhão de
toneladas embarcadas foi significativa (2a melhor da história) sobretudo num ano em que a China
(considerando Hong Kong) reduziu em mais de 104 mil toneladas as compras do Brasil, mas que foram
compensadas em outros destinos externos, como as Filipinas, Singapura, Tailândia, Japão entre
outros. Nos últimos dias, o Brasil recebeu a habilitação do primeiro estabelecimento, no Acre,
para exportação ao Peru. As informações são do Boletim Agro Mensal do Itaú BBA.
Revisão:Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 09/05/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.835,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,75Preço base - Integração
Atualizado em: 13/05/2025 09:50