Porto Alegre, 12 de julho de 2016 – A missão catarinense que está na
Coreia do Sul nesta semana alcançou seu objetivo: o governo do País decidiu
que irá importar carne suína de Santa Catarina. A informação é do diretor
executivo do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa
Catarina (Sindicarne), Ricardo de Gouvêa, que integra a comitiva.
No total, são oito etapas que precisam ser percorridas. “Estamos
finalizando a sexta etapa, que define os requisitos para o certificado
sanitário internacional. Isso está sendo feito por uma equipe técnica dos
ministérios da Agricultura do Brasil e da Coreia do Sul”, explica Gouvêa. A
próxima etapa será a visitação das autoridades veterinárias coreanas às
indústrias catarinenses que abatem e processam suínos para habilitação de
plantas específicas. Logo em seguida iniciarão efetivamente as negociações
para as primeiras vendas. De acordo com o presidente do Sindicarne, não há
previsão para quando podem iniciar os primeiros embarques. “A expectativa é
que o certificado seja entregue em setembro, quando o ministro da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA), Blairo Maggi, irá à Coreia”, frisa
Gouvêa.
A confirmação da compra de carne suína catarinense foi do diretor da Qia
(Agência de Quarentena Animal e Vegetal), o órgão de controle sanitário do
País, Bong-Kyun Park, que ratificou a decisão sul-coreana em comunicado à
comitiva catarinense nesta segunda-feira (11). Bong-Kyun disse que faltam apenas
questões administrativas a serem tratadas entre os Ministérios da Agricultura
da Coreia do Sul e do Brasil.
A comitiva se reuniu também com o diretor-geral de Cooperação
Internacional do Ministério da Agricultura da Coreia do Sul, Kim Dukho, que
parabenizou Santa Catarina pelo status sanitário e destacou que é a primeira
vez que a Coreia do Sul decide importar carne suína de uma região e não de um
país.
Os dois encontros na Coreia do Sul foram articulados e agendados pela
Secretaria de Assuntos Internacionais do Governo do Estado de Santa Catarina. A
comitiva é liderada pelo governador Raimundo Colombo e, além de Gouvêa,
integram o grupo o embaixador do Brasil na Coreia do Sul, Luis Fernando Serra, o
presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gelson Merisio, os secretários
da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, e de Assuntos Internacionais, Carlos
Adauto Virmond Vieira, o médico veterinário do Instituto Catarinense de
Sanidade Agropecuária, Diogo Ramôa Ramos, o diretor financeiro e de relações
com investidores da Celesc, José Carlos Oneda, o diretor de Economia
Internacional da Secretaria de Assuntos Internacionais, Guilherme Marques, o
diretor de Imprensa da Secretaria de Comunicação, Claudio Thomas, e o Ajudante
de Ordens do governador, tenente-coronel Rogério Vidal.
Gouveia projeta que Santa Catarina venda pelo menos 30 mil toneladas por
ano assim que forem liberadas as exportações de carne suína para a Coreia do
Sul. “Foi muito importante a vinda do governador para a Coreia do Sul, que
mostrou o compromisso do Estado em manter o status sanitário, e a
participação do embaixador, que foi incisivo na abertura do mercado”,
observa o sindicalista.
O mercado coreano impõe algumas especificidades. As indústrias
catarinenses estão aptas a atender as demandas tanto em qualidade, quantidade e
status sanitário. “Nossas empresas adotam alta tecnologia e já atendem
mercados altamente exigentes, como o Japão”, finaliza Gouvêa. Com
informações da assessoria de imprensa do Sindicarne.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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