Porto Alegre, 24 de março de 2020 – Diante da situação de alerta sobre a
pandemia enfrentada mundialmente devido ao aumento dos casos de pessoas
infectadas pelo novo Coronavírus (COVID 19), diversos setores tem sido afetados
e surgem as dúvidas sobre as medidas de prevenção necessárias neste
cenário.
Pensando na saúde de todos, para evitar a propagação da doença, e
também proteger o agronegócio, no sentido de garantir o abastecimento de
alimentos e insumos, a ABCS elaborou conteúdos orientativos para aprimorar os
cuidados nas granjas e também esclarecer possíveis questionamentos aos
diferentes elos da cadeia suinícola.
O material ressalta a importância das ações que promovam a manutenção
do trânsito de animais, a comercialização de insumos e ração, assim como os
medicamentos e as vacinas, que são muito dependentes do trânsito nacional e
internacional.
O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, junto à diretora técnica da
entidade, Charli Ludtke, solicitam aos produtores e às agroindústrias que deem
maior atenção e suporte aos colaboradores envolvidos nas granjas e no
transporte dos animais, de forma a garantir a manutenção da produção de
alimentos à sociedade, e para tanto o bem-estar e a saúde de todas as equipes
envolvidas é fundamental.
Existe alguma relação entre os suínos e o Coronavirus (COVID 19)?
A área técnica da ABCS compilou informações para esclarecer as dúvidas
dos suinocultores e apontou para uma das questões mais preocupantes para o
setor: a de saber se há risco em relação aos rebanhos e transmissão da
doença aos humanos. Segundo a diretora técnica da ABCS, o Coronavírus está
intimamente ligado a morcegos hematófagos, de acordo com as investigações
epidemiológicas realizadas na China, e não há nenhuma evidência de que o
Coronavírus (COVID-19) pode infectar suínos e demais animais domésticos.
Também não há risco de transmissão quanto ao consumo de carne suína ou de
seus produtos industrializados.
Prevenção nas granjas
A ABCS indica que produtores de suínos devem seguir rigorosamente os
protocolos de biossegurança. É fundamental, por exemplo, limitar a exposição
da unidade de produção e evitar a entrada de terceiros que frequentam outros
ambientes e outras granjas, pois todo visitante pode ser um risco à
introdução de patógenos específicos dos suínos, além do risco de esses
mesmos visitantes disseminarem o Coronavírus (COVID-19) junto as equipes. Caso
haja visitas no local, realizar o vazio sanitário e todas as demais medidas de
biosseguridade recomendadas pela unidade de produção.
Médicos Veterinários e demais profissionais responsáveis pelas unidades
de produção, devem orientar os produtores e colaboradores para que toda a
granja tenha um plano de biosseguridade e adote procedimentos rigorosos, visando
evitar que os animais sejam expostos a qualquer doença infecciosa.
Também é recomendado ter um acompanhamento da saúde dos colaboradores,
caso apresentem qualquer suspeita de gripe, coriza, espirros ou tosse. Havendo
sintomas, é importante, e necessário o isolamento, permanecendo em repouso e
quarentena em casa, evitando a disseminação aos demais colaboradores. E até
que seja realizado o diagnóstico e tratado corretamente. Aos demais
colaboradores que tiveram contato direto, também devem ser separados e
monitorados, no sentido de prevenção e de transmissão a todos os
funcionários.
Outra medida importante é a necessidade de ambulatório dentro da empresa
para um possível pré-diagnostico e orientações, assim, evitar o deslocamento
dos colaboradores, diminuindo o risco de contaminação. Entretanto, caso não
haja um ambulatório disponível nas dependências, deve-se seguir as
recomendações em protocolo do Ministério da Saúde (MS).
O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, explica que neste momento é
importante que todos os brasileiros e, falando especialmente com o setor da
suinocultura, que sejamos cautelosos e vigilantes para a manutenção da saúde
e do bem-estar de todos.
“É importante seguirmos as recomendações do Ministério da Saúde, que
visam evitar a propagação do Coronavírus (COVID 19), de forma que não se
atinja grande proporção de pessoas infectadas. Evitar exposições
desnecessárias, grandes aglomerações, proteger os mais vulneráveis, ter
maior cuidado com a higiene pessoal e das instalações e ir na rede de saúde,
apenas se realmente for necessário. Unindo esforços e com a colaboração de
todos, vamos superar este momento desafiador”, alertou o Presidente da ABCS,
Marcelo Lopes. As informações partem da assessoria de imprensa da ABCS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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